Tribunal exige que autoridades garantam o retorno seguro de cristãos deslocados, na Índia

A decisão foi anunciada após 12 cristãos deslocados em razão da violência de extremistas, solicitarem ajuda para retornar às suas casas.

Fonte: Guiame, com informações da International Christian ConcernAtualizado: segunda-feira, 16 de novembro de 2020 às 15:15
A Índia está em 10º lugar na lista da Portas Abertas sobre os 50 piores países para se viver como cristão. (Foto: International Christian Concern)
A Índia está em 10º lugar na lista da Portas Abertas sobre os 50 piores países para se viver como cristão. (Foto: International Christian Concern)

No dia 8 de novembro, o Tribunal Superior da cidade de Bilaspur, localizada no estado indiano de Chhattisgarh (Índia), ordenou que a administração distrital de Kondagaon garantisse o retorno seguro dos cristãos deslocados de três aldeias. A ordem foi dada após 12 cristãos entrarem com um Litígio de Interesse Público no tribunal.

No final de setembro, cristãos de Kakadabeda, Telliabeda e Singanpur foram "chamados" para uma reunião na aldeia e "instruídos" a renunciar à fé cristã. Quando os cristãos se recusaram, foram atacados por nacionalistas hindus radicais e suas casas foram destruídas. Desde o ataque, esses cristãos permaneceram deslocados.

“Corremos para salvar nossas vidas”, disse Vijay Sori, que sobreviveu ao ataque de setembro, em depoimento à organzação ‘International Christian Concern (ICC)“. A ameaça de morte que eles lançaram contra nós foi muito assustadora. Não havia outra maneira a não ser fugir da aldeia”.

“Nossas vidas estão em perigo, pois os aldeões juraram nos matar se voltarmos”, continuou Sori. “Nossas vidas estão sendo gravemente afetadas pela atmosfera perigosa criada pelos moradores”.

No dia 14 de outubro, 12 cristãos, incluindo Sori, fizeram uma petição ao Tribunal Superior de Bilaspur para fornecer proteção aos cristãos deslocados pelo ataque de setembro. Em 8 de novembro, o tribunal concordou com os peticionários cristãos e ordenou que a administração distrital de Kondagaon fornecesse proteção aos cristãos deslocados, quando eles retornassem às suas aldeias de origem.

“Queremos liberdade de culto e uma atmosfera segura”, disse Sori à International Christian Concern. “Não incomodamos ninguém e ninguém deve nos incomodar. É por isso que temos defendido no tribunal e com as autoridades”.

“Espero que as autoridades locais sigam as instruções do tribunal”, continuou Sori. “Espero que a situação melhore e possamos voltar para nossas casas sem medo.”

Os cristãos de Kakadabeda, Telliabeda e Singanpur ficaram deslocados por quase um mês e meio. De acordo com os cristãos locais, pouco foi feito pelas autoridades locais para levar os nacionalistas responsáveis ​​pelo ataque à justiça e quatro cristãos continuam presos por crimes que não cometeram.

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