Na última semana, cerca de 60 túmulos foram cobertos com pichações islâmicas em um cemitério na França.
As pichações incluíam frases como “Submetam-se a Alá” e “Feliz Ramadã, não-muçulmanos”.
O Ramadã, nono mês do calendário islâmico, começou no dia 11 março. Neste mesmo dia, um total de 58 túmulos no cemitério de Clermont-d'Excideuil, em Périgord Vert, Dordogne, foram rabiscados.
As imagens dos grafites mostram mensagens islâmicas escritas em francês, espalhadas com tinta preta e branca em túmulos e portas.
Uma mensagem ao lado de um túmulo dizia: “A França já é de Alá”. Em outra, é possível observar a frase: “Feliz Ramadã”, acompanhada da palavra “GWER”, que significa “não-muçulmano”.
Além dos túmulos, a porta de uma igreja, localizada a 300 metros do cemitério, também foi vandalizada com mensagens sobre o Ramadã.
Este ano, o Ramadã vai até 8 de abril. Durante esse período, os muçulmanos jejuam desde o nascer até o pôr do sol, se abstendo de comer, beber, fumar, relações sexuais e diversas formas de entretenimento.
A observância do jejum durante o mês do Ramadã é um dos Cinco Pilares do Islã, considerado pelos muçulmanos como um caminho para a salvação. Por isso, levam essa prática muito a sério.
"France already belongs to Allah!" In Dordogne over 50 graves desecrated by Islamic labels. pic.twitter.com/BoB2EPfgoB
— RadioGenoa (@RadioGenoa) March 11, 2024
Vandalismo
Segundo o Dailymail, o vandalismo ocorreu na noite do último domingo (10). Porém, o prefeito de Périgord Vert, Claude Eymerya, só descobriu o ocorrido na segunda de manhã.
Eymery chamou a polícia e apresentou queixa: “É estranho numa cidade pequena como essa. Achei que isso só acontecia em outro lugar”, disse ele à FranceInfo.
O cemitério é um local de sepultamento popular para os habitantes de Périgord Vert, e muitos ficaram “chocados” e “traumatizados” com o incidente.
“As pessoas estão realmente indignadas, chocadas e até traumatizadas para alguns”, disse Alexandre Caillé, da associação SOS Calvaires.
Outro residente afirmou que o vandalismo foi um trauma para a cidade.
“Estou escandalizado. Espero encontrar quem fez isso. Cresci em uma família adotiva onde ensinavam respeito. Mesmo que você não seja cristão ou de outra religião, você deve respeitar a si mesmo”, testemunhou outro morador.
A CNews informou que a partir das pichações, o procurador público de Périgueux, Jacques-Edouard Andrault, abriu uma investigação por “danos agravados”.
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