Túmulos e porta de igreja são cobertos de pichações islâmicas: “A França é de Alá”

O ato de vandalismo deixou os moradores da cidade Périgord Vert, na França, traumatizados.

Fonte: Guiame, com informações de DailymailAtualizado: quinta-feira, 21 de março de 2024 às 19:21
As pichações. (Foto: Reprodução/X/Radio Genoa)
As pichações. (Foto: Reprodução/X/Radio Genoa)

Na última semana, cerca de 60 túmulos foram cobertos com pichações islâmicas em um cemitério na França.

As pichações incluíam frases como “Submetam-se a Alá” e “Feliz Ramadã, não-muçulmanos”.

O Ramadã, nono mês do calendário islâmico, começou no dia 11 março. Neste mesmo dia, um total de 58 túmulos no cemitério de Clermont-d'Excideuil, em Périgord Vert, Dordogne, foram rabiscados.

As imagens dos grafites mostram mensagens islâmicas escritas em francês, espalhadas com tinta preta e branca em túmulos e portas.

Uma mensagem ao lado de um túmulo dizia: “A França já é de Alá”. Em outra, é possível observar a frase: “Feliz Ramadã”, acompanhada da palavra “GWER”, que significa “não-muçulmano”.

Além dos túmulos, a porta de uma igreja, localizada a 300 metros do cemitério, também foi vandalizada com mensagens sobre o Ramadã.

Este ano, o Ramadã vai até 8 de abril. Durante esse período, os muçulmanos jejuam desde o nascer até o pôr do sol, se abstendo de comer, beber, fumar, relações sexuais e diversas formas de entretenimento.

A observância do jejum durante o mês do Ramadã é um dos Cinco Pilares do Islã, considerado pelos muçulmanos como um caminho para a salvação. Por isso, levam essa prática muito a sério.

Vandalismo 

Segundo o Dailymail, o vandalismo ocorreu na noite do último domingo (10). Porém, o prefeito de Périgord Vert, Claude Eymerya, só descobriu o ocorrido na segunda de manhã.

Eymery chamou a polícia e apresentou queixa: “É estranho numa cidade pequena como essa. Achei que isso só acontecia em outro lugar”, disse ele à FranceInfo.

O cemitério é um local de sepultamento popular para os habitantes de Périgord Vert, e muitos ficaram “chocados” e “traumatizados” com o incidente.

“As pessoas estão realmente indignadas, chocadas e até traumatizadas para alguns”, disse Alexandre Caillé, da associação SOS Calvaires.

Outro residente afirmou que o vandalismo foi um trauma para a cidade.

“Estou escandalizado. Espero encontrar quem fez isso. Cresci em uma família adotiva onde ensinavam respeito. Mesmo que você não seja cristão ou de outra religião, você deve respeitar a si mesmo”, testemunhou outro morador.

A CNews informou que a partir das pichações, o procurador público de Périgueux, Jacques-Edouard Andrault, abriu uma investigação por “danos agravados”.

 

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