Uma criança morre a cada 2 horas no Sudão: ‘Morte precoce da próxima geração’

Missionário conta que existe uma crise de subnutrição que ameaça levar a próxima geração a uma morte precoce.

Fonte: Guiame, com informações de MNN e Médicos Sem FronteirasAtualizado: sexta-feira, 1 de março de 2024 às 18:14
Fome no Sudão. (Foto: Wikimedia Commons/Henry Wilkins/VOA)
Fome no Sudão. (Foto: Wikimedia Commons/Henry Wilkins/VOA)

De acordo com um novo relatório da ONU, centenas de violações dos direitos humanos foram registradas no Sudão, em 2023, conforme noticiou a MNN (Mission Network News). 

No país que está em guerra desde abril do ano passado, há mais de 7 milhões de pessoas deslocadas. Conforme lembra a MNN, pelo menos 12 mil cidadãos já morreram nos conflitos e milhares foram enterrados em valas comuns. 

Outro fator que preocupa também é a crise de subnutrição que ameaça levar a próxima geração a uma morte precoce. “Uma criança morre a cada duas horas no acampamento de Zamzam”, conforme o Médico Sem Fronteiras (MSF). 

‘Sudaneses estão aceitando Jesus’

John (nome fictício por motivos de segurança) é um missionário que vive no Sudão. Ele revelou que, com a situação de guerra, muitas pessoas estão questionando o islamismo e se convertendo ao cristianismo.

“As pessoas não estão encontrando esperança no islã. Esta guerra é dos muçulmanos, mas eles não parecem se importar com o sofrimento do seu povo”, ele disse. 

O nome da organização que enviou John para o Sudão não pode ser revelado por motivos de segurança, conforme a MNN, mas ela faz parceria com líderes religiosos sudaneses que ajudam refugiados em países vizinhos.

“Os líderes da igreja oferecem cura para traumas e apresentam às pessoas a esperança que só Cristo oferece”, ele disse. 

“Somente num local, 40 pessoas conheceram o Senhor em uma semana. Depois disso, uma igreja nasceu sob uma árvore ao ar livre. Todos esses novos convertidos são de origem muçulmana”, contou o missionário. 

‘Formamos 220 crentes de origem muçulmana de 26 tribos do Sudão’

Alguns convertidos são os primeiros cristãos na comunidade onde vivem e John compartilha o que a liderança tem feito para ajudá-los: “Estamos aumentando o número de professores em nossa escola para atender esses novos crentes, que estão no meio de pessoas ainda não alcançadas pelo Evangelho”. 

O objetivo, segundo John, é fortalecê-los na fé com o fundamento bíblico e conectá-los ao corpo de Cristo. 

A organização de John administra uma escola de discipulado no Sudão do Sul para novos crentes de contextos muçulmanos: “É um programa intensivo de seis meses construído em torno da compreensão de uma cosmovisão bíblica, caráter, conhecimento bíblico e habilidade ministerial”.

“Nessa escola, formamos 220 crentes de origem muçulmana de 26 tribos do Sudão. Pedimos para que orem por eles e por nós, para que possamos expandir a nossa capacidade e o número de líderes”, concluiu.

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