Agnóstica se torna cristã após ouvir Deus chamar seu nome: ‘Me apaixonei por Jesus’

Jennifer era estudante universitária e conta que, na época, não entendia uma pessoa inteligente ser cristã. Mas tudo mudou.

Fonte: Guiame, com informações do AG NewsAtualizado: quarta-feira, 14 de setembro de 2022 às 14:41
Jennifer Schiefer e Matt Carpenter discipulam estudantes na University of Central Arkansas. (Foto: Reprodução/AG News)
Jennifer Schiefer e Matt Carpenter discipulam estudantes na University of Central Arkansas. (Foto: Reprodução/AG News)

Jennifer Schiefer, de 38 anos, era uma agnóstica convicta. Quando iniciou seus estudos na University of Central Arkansas (UCA) em 2001, estava convencida de que uma pessoa inteligente não poderia ser cristã.

“Para mim, acreditar em Jesus era como acreditar em Papai Noel”, diz Schiefer. “Parecia desafiar a lógica”.

A falta de contato com cristãos capazes de responder às suas dúvidas fez com que Schiefer permanecesse na incredulidade durante muitos anos. Ela conta que seus colegas do ensino médio não conseguiram fornecer respostas adequadas sobre como Noé encaixou todos aqueles animais em uma arca ou por que Deus permite a dor.

Schiefer diz que frequentemente suas perguntas intelectuais provocavam olhares vazios ou comentários superficiais como: “Você só precisa ter fé!” Mas ela confessa que, na época, não tinha nenhuma.

Evento cristão por engano

Schiefer conta que um dia acabou participante de uma reunião da Chi Alpha – uma rede de ministérios cristãos que atua nas universidades americanas – por acidente.

Ela diz ter sido atraída pelo anúncio de uma banda que estaria no campus, e foi à reunião sem saber que era de música cristã. Ela conta que gostou da música, mas não tanto da letra, que falada de Jesus nos refrões.

“Não é que eu odiasse os cristãos”, diz Schiefer. “Eu apenas pensava que eles eram estúpidos.”

Depois de participar do evento, Schiefer conta que deixou a reunião com uma sensação incômoda de que ela tinha um vazio em sua vida. Naquele primeiro semestre, vários de seus colegas de dormitório que a tratavam com respeito e que iam regularmente às reuniões a convidavam para ir junto. Assim, ela começou a participar dos encontros toda semana.

“Encontrei a amizade antes da fé”, diz Schiefer. “Meus colegas de classe não se intimidaram com minha falta de fé ou minhas perguntas.”

Em reuniões do grupo, os alunos começaram a discutir um livro escrito pelo ex-ateu Lee Strobel, “The Case for Faith: A Former Journalist's Personal Investigation of the Evidence for Jesus” (A defesa da fé: a investigação pessoal de um ex-jornalista sobre as evidências de Jesus, em tradução livre).

A partir daí, Schiefer começou a lidar com questões espirituais difíceis. Certa noite, o missionário norte-americano Matt L. Carpenter, diretor do Chi Alpha na UCA, pregou a mensagem ‘O que nos afasta de Deus?’.

“O assunto me aterrorizou”, lembra Schiefer. “Eu baseava minha vida no que eu poderia prever, controlar e entender.”

Carpenter pediu aos participantes que escrevessem, anonimamente, seus obstáculos a Deus. Schiefer fez alguns rabiscos sobre seus temores quanto à fé.

Depois, Carpenter orou demoradamente pelas necessidades que os alunos descreveram, especialmente por aquele que confessou ter medo.

Presença de Deus

Em seu segundo semestre, Schiefer diz que continuou frequentando fielmente as reuniões de pequenos grupos da Chi Alpha, bem como os cultos, sentindo uma “misteriosa sensação da presença de Deus através da presença de outras pessoas”.

“Meu ceticismo começou a se transformar em um desejo desesperado por um Deus que eu não conhecia”, diz Schiefer.

Antes de seu segundo ano, Schiefer concordou em participar de um treinamento de discipulado de 10 semanas – mesmo que ela ainda não tivesse se comprometido com Cristo. Isso já era uma mudança no coração e na mente da estudante, que Deus estava fazendo, disse Carpenter.

A aluna conta que estava no curso quando ouviu a voz de Deus a chamando pela primeira vez: “Jennifer, eu te amo”.

“Eu apenas sentei no chão e chorei”, lembra Schiefer. “Não houve chamada de altar, nem recitação de uma 'oração do pecador'. Acabei de reconhecer que me apaixonei por Jesus.”

Já no segundo ano, Schiefer começou a liderar estudos bíblicos. Ela se formou em design gráfico pela UCA, mas ao final de seus estudos, entendeu que Deus havia estabelecido um caminho para o ministério em tempo integral com a Chi Alpha, o grupo onde ela formou amizades ao longo da vida e encontrou um propósito eterno.

Ajudando pessoas sem fé

Schiefer faz parte da equipe da Chi Alpha na UCA desde 2006, trabalhando sob a tutela de Carpenter, que é diretor da escola há 22 anos.

“Meu passado me dá um ponto de compaixão pela pessoa que ainda não tem certeza, a resistência legítima que as pessoas têm de não serem capazes de entregar seu coração”, diz Schiefer. “Lembro-me de como era solitário lutar para acreditar e não ser capaz de fazê-lo.”

Schiefer encoraja aqueles que têm uma fé de longa data a não temer se envolver com aqueles que não têm.

“Nunca devemos temer perguntas honestas, mesmo que não saibamos todas as respostas”, diz Schiefer, hoje uma ministra ordenada da Assembleia de Deus e missionária. “Podemos lutar contra isso.”

“Quero ajudar as pessoas a terem um profundo conhecimento de Deus no coração”, diz Schiefer.

‘Apaixonada seguidora de Jesus’

Carpenter, 48 anos, diz que viu Schiefer se tornar uma apaixonada seguidora de Jesus.

“Jen recebe revelação de Deus e tem uma mente forte”, diz Carpenter. “Deus a encheu de sabedoria e ela funciona com muita liderança pastoral. Jen é deliberada e não desperdiça palavras.”

Carpenter acredita que a oração é responsável pelo crescimento de Chi Alpha no campus.

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