Agricultores cristãos são banidos de mercado por suas crenças sobre o casamento

“Nunca pensei que a fé que temos em nossa família, em nossa casa, em nossa fazenda, nos proibisse de participar da comunidade”, disse o fazendeiro

Fonte: Guiame, com informações de CBN News e ADFAtualizado: quinta-feira, 29 de julho de 2021 às 14:32
Casal Steve e Bridget Tennes e seus cinco filhos, na Country Mill Farms, onde produzem maçãs orgânicas. (Foto: Twitter/Alliance Defending Freedom)
Casal Steve e Bridget Tennes e seus cinco filhos, na Country Mill Farms, onde produzem maçãs orgânicas. (Foto: Twitter/Alliance Defending Freedom)

Os proprietários do pomar Country Mill Farms, em Michigan, foram banidos do mercado por fazendeiros locais, em 2016, por defenderem seu ponto de vista bíblico sobre o casamento. Nesta semana, o caso deles está sendo ouvido em um tribunal federal. 

Steve e Bridget Tennes costumam realizar casamentos em sua fazenda. A família também costumava montar um estande no East Lansing Farmer's Market para vender seus produtos [maçãs orgânicas]. 

Mas, as autoridades decidiram puni-los porque eles acreditam que o casamento somente acontece entre um homem e uma mulher. A família foi convidada a se retirar do mercado.

Banidos por causa da fé

Os advogados da Alliance Defending Freedom (ADF) dizem que as autoridades municipais, em East Lansing, procuraram a família Tennes depois do comentário feito sobre o casamento em um post no Facebook. 

“De repente, senti que não podíamos nem acreditar no que queríamos acreditar. Tínhamos que ficar quietos", explicou Bridget. A postagem, na verdade, era apenas uma resposta a um seguidor, que questionou sobre as crenças da família sobre o casamento. 

A família Tennes deu uma resposta honesta, repetindo o que a Bíblia diz: “é uma união sagrada entre um homem e uma mulher”. Mas, quando os moradores da cidade leram essa resposta, ficaram ofendidos. Segundo eles, essa declaração viola a nova política da cidade. 

“Nunca pensei que a fé que temos em nossa família, em nossa casa, em nossa fazenda, nos proibisse de participar da comunidade”, disse Steve ao ADF. 

Fazenda
Fachada da fazenda da família Teenes. (Foto: Reprodução/YouTube/Country Mill Farms)

Contradição entre a fé e as “novas políticas”

De acordo com o CBN News, a família trava uma luta jurídica desde 2017. Um juiz federal emitiu uma liminar obrigando a cidade a permitir que a família Tennes participasse do mercado de produtores. 

O juiz também disse que a cidade violou seus direitos religiosos e de liberdade de expressão. Mas o prefeito de East Lansing, Mark Meadows, observou que a decisão temporária cobriu apenas a temporada de mercado de 2017. 

Ele explicou que a cidade se opõe à “tomada de decisão corporativa” de Tennes e não às suas crenças religiosas. As autoridades municipais afirmaram que a expressão de Tennes entrava em conflito com as visões do casamento de East Lansing e sua nova política de mercado.

“A política exige que os fornecedores concordem em cumprir a ‘Portaria de Relações Humanas e sua política pública contra a discriminação no mercado e como prática geral de negócios’ da cidade”, explicou o prefeito.

Liberdade de expressão em jogo

É ilegal “fazer uma declaração que indique que o patrocínio de um indivíduo ou a presença em um local de acomodação pública é indesejável ou inaceitável devido à orientação sexual, identidade de gênero ou expressão, entre outras classes designadas”, continuou.

Mas a família Tennes explica que planeja atuar dentro de sua fazenda de acordo com seus princípios e crenças. “Nossa fazenda é familiar e muito pessoal para nós”, disse Steve. 

“Uma das coisas que realmente gostamos na fazenda é que podemos criar nossos cinco filhos de acordo com a nossa fé. Não se trata apenas de poder vender nossos produtos no mercado entre os fazendeiros. Na verdade, trata-se do direito de todo americano de ganhar a vida e não ter que se preocupar em ser punido pelo governo”, enfatizou o fazendeiro. 

Steve e Bridget são militares veteranos e esperam que seu caso ajude a preservar a liberdade de outros americanos também. “Se as autoridades municipais podem retirar a licença de um veterano para não fazer mais negócios no mercado, simplesmente porque ele ousou expressar suas crenças religiosas no Facebook, então nenhum americano é verdadeiramente livre”, continuou Steve.

Nosso governo deve proteger nossos direitos, não punir os cidadãos por exercerem sua liberdade. E o governo certamente não deveria sair de sua jurisdição apenas para promover sua agenda política.

Assista o vídeo (em inglês):

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