O pedido de boicote à rede norte-americana de lanchonetes 'Chick-Fil-A', feito pelo prefeito de Nova York, Bill de Blasio e por membros do Conselho da Cidade de Nova York - como por exemplo, o vereador Danny Dromm - parece não não ter conseguido uma resposta positiva de boa parte da população, que decidiu apoiar a empresa.
A proposta de boicote seria fundamentada na acusação de que a rede de lanchonetes - fundada por uma família cristã - estaria "apoiando mensagens e ações anti-LGBT".
De acordo com a Fox News, depois que a 'Chick-Fil-A' anunciou que iria abrir uma loja no centro comercial 'Queens Center Mall', o vereador Danny Dromm - que asumiu publicamente sua homossexualidade - pediu um boicote de toda a população local contra a rede de fast-food.
"Estou profundamente perturbado ao saber que a Chick-fil-A continua a dar 25% de suas contribuições de caridade para organizações anti-LGBT, incluindo mais de 1 milhão de dólares para a Sociedade dos Atletas Cristãos", afirmou Dromm.
"Eu espero que o shopping Queens Center reconsidere a ideia de ter uma empresa tão profundamente envolvida em discriminação contra gays com um contrato de arrendamento em sua propriedade".
O prefeito De Blasio apoiou o vereador Dromm, pedindo aos cidadãos que deixem de comer na lanchonete Southern.
"Eu certamente não vou patrociná-los e eu não pediria a qualquer outro nova-iorquino que os amparasse", disse o prefeito.
As acusações do prefeito De Blasio e do vereador Dromm também se baseiam nas declarações dadas pelo presidente da Chick-fil-A, Dan Cathy, em 2012, nas quais reforçou a postura da empresa em apoio ao casamento tradicional.
"Sabemos que isto pode não seria bem aceito por todos, mas graças ao Senhor, vivemos em um país onde podemos compartilhar nossos valores e operar em princípios bíblicos", disse o administrador, segundo a Forbes.
Em resposta ao possível boicote e seu proponente, a 'Chick-fil-A' emitiu um comunicado no qual afirma que não baseia seus métodos de atendimento no preconceito, mas sim no respeito aos seus clientes, independente de sua opção sexual, religião ou raça.
"A Chick-Fil-A tem como tradição em nossas lojas, tratar cada pessoa com honra, dignidade e respeito - independentemente da sua crença, raça, credo, orientação sexual ou gênero. Somos uma empresa de lanchonetes composta por 80.000 indivíduos, que representam diferentes origens e crenças, e todos nós estamos focados em oferecer excelente comida, serviço e hospitalidade", disse parte do texto.
Fundada por cristãos, a rede de lanchonetes já enfrentou diversas outras reações em 2012, quando seu presidente expressou publicamente o apoio da empresa ao casamento tradicional. (Foto: Christian Post)
Reação
Milhares de simpatizantes da lanchonete também decidiram expressar nas mídias sociais seu repúdio ao boicote, acusando de Blasio e Dromm de "intimidação" à empresa fundada por cristãos.
"A Chick-fil-A não se espalha mensagens de ódio, mas sim de amor. Eles têm um padrão no qual eles baseiam seus negócios. Qual é o seu padrão, prefeito De Blasio?", escreveu um internauta.
"Eu raramente me sinto tão respeitada como quando vou a uma lanchonete da Chick-fil-A. Seus empregados estão entre as pessoas mais amigáveis, educadas e respeitosas. Tratar as pessoas com bondade é algo que está no núcleo da Chick-Fil-A. Só porque o seu diretor decidiu apoiar o casamento tradicional, isso não faz dele um disseminador de ódio. Ele tem direito às suas crenças. Se alguém está espalhando alguma mensagem de ódio e intolerância, esta pessoa é de Blasio", escreveu outro.
"Enquanto os políticos tentam boicotar a Chick-fil-A, as pessoas esperam uma hora na fila para comprar sanduíches da lanchonete", acrescentou um apoiador da empresa.
"Chick-Fil-A para o almoço hoje, pessoal?" brincou outro internauta.
Meios Legais
A organização conservadora 'Liberty News Now' também lançou uma petição, exigindo que o prefeito De Blasio "pare de perseguir as empresas fundadas por cristãos".
O grupo disse que pretende entregar a petição ao gabinete do prefeito, no final do mês de Maio, juntamente com uma bandeja de lanches da Chick-fil-A.
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