Angolano diz que proliferação de seitas ameaça a cultura do país

Angolano diz que proliferação de seitas ameaça a cultura do país

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:37

Pedro Nambongue Chissanga, diretor do departamento de cultura da província de Huambo, afirmou que a proliferação em Angola de seitas de outros países está impondo à população “hábitos e costumes” que ameaçam a cultura nacional. “Nós precisamos agir rápido, dentro da lei, porque esse fenômeno já assumiu proporções alarmantes.”

A sede da província de Huambo é uma cidade com o mesmo nome. Com cerca de 1,2 milhão de habitantes, ela tem 36 denominações criadas ilegalmente.

Chissanga disse estar preocupado com fato de que algumas seitas estarem acusando de feiticeiros parentes de fiéis. Ele criticou essas seitas por perverter os ensinamentos bíblicos para atrair fiéis com “falsas promessas de cura divina e prosperidade econômica”.

Angola é uma ex-colônia portuguesa. Tem cerca de 18,5 milhão de habitantes. É grande exportador de petróleo e de diamantes. Possui mais de mil crenças religiosas – cristãs, na maioria.

A Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus) é a que mais cresce no país. Tem pelo menos 52 templos, 22 deles em Luanda, a capital. Os pastores responsáveis pelos templos são brasileiros, na maioria deles.

A exemplo do que ocorre no Brasil, a igreja do bispo Edir Macedo tem inaugurado em Angola tempos suntuosos, inclusive em cidades pequenas.

Em janeiro, por exemplo, abriu um templo em Cacuaco, cuja população é de aproximadamente 26 mil pessoas. O tempo tem capacidade para 950 pessoas sentadas.

A Folha Universal de Angola informou que 2.000 pessoas compareceram à inauguração de “mais um imponente templo”. Na ocasião, houve uma oração para libertar fiéis de “espíritos imundos”.

Chissanga não citou o nome de nenhuma seita em sua crítica, mas a Universal se sentiu atingida, porque o pastor Feuni Batalha, o presidente da filial angolana, disse que a proliferação de seitas se deve à democracia e à diversidade cultural do país.

Com informação da agência Angop e site da Universal em Angola.  

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