Ataques em Paris: o retrato da humanidade que nunca se curou

Do ano passado para cá, outros grandes atentados aconteceram na Nigéria, Quênia e Iêmen que juntos resultaram na morte de mais de 1.100 pessoas. Os números dão a dimensão dos ataques, porém eles expõem muito mais o quão doente está a humanidade.

Fonte: Guiame, Carlos Alberto Bezerra Jr.Atualizado: sábado, 14 de novembro de 2015 às 21:52

Mais de 150 pessoas mortas. Mas o ataque monstruoso foi contra toda a humanidade.

A razão para o estarrecimento diante de uma nação com ideais fincados na liberdade, igualdade e fraternidade é própria daqueles que notam a fragilidade escancarada diante da covardia do terror sobre pessoas que se sentam em um restaurante para comer ou vão a um show de rock para se divertir.

Poderia ser qualquer um, porque não são os que se armam e vão à guerra, não são os que escrevem e desenham com o direito garantido pela imprensa livre, não são os que carregam rifles em treinamentos de guerrilha, não são os que cruzam a fronteira entre a humanidade e bestialidade. São pessoas que deixaram o trabalho, a escola, a casa ou seu país para passar um período de descontração, de amenidades, de alegria.

Do ano passado para cá, outros grandes atentados aconteceram na Nigéria, Quênia e Iêmen que juntos resultaram na morte de mais de 1.100 pessoas. Os números dão a dimensão dos ataques, porém eles expõem muito mais o quão doente está a humanidade.

Na verdade, ela nunca se curou. Só fez criar equipamentos com maior potencial de destruição. Conflitos mundiais, guerras campais, guerrilhas urbanas estão na história antiga, medieval, moderna e na contemporânea.
O estarrecimento, a indignação, o choque, o pavor e a perplexidade ainda não foram sentimentos capazes de nos fazer enxergar que temos também caminhos de harmonia e convivência respeitosa. Porque cada ataque é imediatamente sucedido por outro.

A inocência e o desejo de paz nisso tudo são meros detalhes. Humanos caem diante de outros humanos alimentados pelo ódio, pela ganância e pela insanidade. Caem sem saber o porquê nem por quem.
Orando por Paris, por Mariana, por Valadares, pela Síria, por Israel, pela Palestina, pela África, por esse mundo que pode ser tão diferente...

Que Deus tenha misericórdia e traga esperança, justiça e paz ao mundo que nos cerca.

A paz é fruto da justiça.

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