Com a aproximação das eleições, o quadro político vai se definindo e tomando formas que provavelmente não seriam imaginadas anos atrás. Pré-candidatos evangélicos surgem aspirantes à presidência da república, à Câmara Federal e também ao senado brasileiro, como é o caso do Pr. Everaldo Pereira (PSC - SP), Magno Malta (PR - ES), Marisa Lobo e o Pr. Davi Morgado (PSC - SP).
Não somente nas bancadas (senado e câmaras dos deputados), mas também no eleitorado, atualmente os evangélicos têm ganho força política, compondo aproximadamente um quarto do eleitorado brasileiro e tendo seus votos "cobiçados" por muitos candidatos (mesmo aqueles que não professam desta fé).
Segundo o cientista político Eduardo Oiakawa, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), o crescimento do eleitorado e a presença de candidatos de perfil evangélico nas chapas presidenciais pode "forçar" um embate entre liberais e conservadores no que diz respeito a velhas questões como o aborto, casamento gay e legalização de drogas como a maconha - as quais têm ganho cada vez mais visibilidade social.
“A questão religiosa deve aparecer como um conteúdo forte e decisivo nas eleições deste ano. É provável que os temas morais superem até mesmo os da economia. Veremos cenas de pugilato entre o Brasil conservador e o Brasil liberal”, diz o estudioso.
Ao comentar sua candidatura, Pr. Everaldo Pereira foi enfático e mostrou segurança em relação a isto.
“Minha candidatura é para valer. Não é para negociar. É preciso fazer um estado que sirva e não que se sirva da máquina”, afirma”, declarou.
Davi Morgado
Pré-candidato ao senado, também pelo PSC, Pr. Davi Morgado gravou um vídeo no gabinete de Dilma Rousseff, no qual declarou esperança em ter um cristão governando o país. O pastor tem conseguido grande aceitação nas pesquisas de opinião.
"Vim aqui profetizar como homem de Deus, que em 2015 teremos um homem de Deus governando este país, porque quando o justo governa, o povo se alegra", disse.
Morgado tem representado valores da família e do cristianismo em situações como a audiência pública sobre possíveis riscos e impactos advindos da legalização da maconha e também um grande apoio no Brasil à campanha pela libertação do Pr. Saeed Abedini - que tornou-se conhecida mundialmente.
Marisa Lobo
Pré-candidata à deputada federal pelo (PSC - PR), Marisa Lobo ficou conhecida por também militar favor dos direitos da família e o respeito aos valores cristãos.
Quando questionada sobre suas expectativas e motivações em relação à sua candidatura, a psicóloga e coordenadora da campanha "Maconha Não" destacou os principais fatores que a motivaram a se candidatar. Motivos como militar contra mazelas sociais, como abuso sexual infantil, violência contra a mulher, legalização do uso / venda de entorpecentes, entre outros.
"O que tem me motivado a me candidatar, na verdade é a leitura que eu faço de muitos políticos usam a bandeira da Igreja para se eleger e depois que assumem o cargo, abandonam essas bandeiras. As lutas que eu tenho enfrentado contra a legalização de entorpecentes e a perseguição religiosa também tem me incentivado a levantar estas bandeiras que apoio atualmente. Tenho militado contra o abuso sexual infantil, a favor das mulheres que sofrem com a violência, enfim, são os verdadeiros direitos humanos - independente de serem relacionados a maiorias ou minorias", disse.
Marisa ainda alertou em seu depoimento, para a perseguição que a Igreja têm sofrido nos dias atuais. Apesar de ainda não ter atingido um nível físico, Marisa destaca que esta perseguição alcançou um nível moral alarmante.
"Atualmente existe uma guerra contra em todo o mundo (inclusive no Brasil). A diferença é que no Brasil ainda não é comum que cristãos sejam executados em razão de sua fé. Mas moralmente a Igreja está sendo agredida. Exemplo disto é o que tem acontecido comigo, com o Marco Feliciano, o Silas Malafaia ou qualquer cristão que se manifeste contra a perseguição religiosa. O momento que vivemos é muito delicado. Há o planejamento de uma reorientação sexual em nível mundial e a Igreja tem que se levantar contra isso. Depois que eu comecei a me posicionar contra esta agressão moral à Igreja, percebi o quanto o povo necessita de informação nesse sentido", afirmou.
Magno Malta
Ao lançar sua pré-candidatura, o senador Magno Malta destacou que não se sentiria bem ao pensar que permaneceu omisso às mazelas sociais.
“Vou colocar o meu nome para depois não me arrepender de ter ficado omisso. Quero debater com o Brasil o fim de uma geração de 'esgotos humanos', que são as unidades sócio educativas que hoje estão formando criminosos juvenis. Vou conseguir com a iniciativa privada a construção de um moderno presídio na Amazônia e reforçarei a segurança da extensa fronteira brasileira coibindo tráfico de armas e drogas pesadas”, declarou.
Com informações do IG
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