Capelão militar dos EUA é demitido por pregar visão bíblica sobre a homossexualidade

Curtis Cizek disse que apenas uma pessoa reclamou de sua pregação e fez acusações falsas sobre a mensagem que ele ministrou para recrutas da Base Aérea.

Fonte: Guiame, com informações da CBN NewsAtualizado: segunda-feira, 23 de novembro de 2020 às 13:47
Capelão Curtiz Cizek afirma que foi demitido por acusações infundadas de que teria pregado uma mensagem de ódio contra a homossexualidade. (Foto: Chaplain Curtis Cizek - Site oficial)
Capelão Curtiz Cizek afirma que foi demitido por acusações infundadas de que teria pregado uma mensagem de ódio contra a homossexualidade. (Foto: Chaplain Curtis Cizek - Site oficial)

Um ex-capelão da Força Aérea está se tornando mais uma voz na luta pela liberdade religiosa nos Estados Unidos. Curt Cizek pregou uma mensagem que, segundo ele, o levou à demissão da Força Aérea.

"Os homens colocam muito de quem são no que fazem e foi difícil quando puxaram o tapete debaixo de mim", disse Cizek.

Ele diz que nunca foi punido por pregar o Evangelho, até ministrar um sermão para recrutas em 2013 na Base Aérea de Lackland. A mensagem incluía princípios das Escrituras sobre a imoralidade sexual.

"A mensagem era sobre ‘o pecado que não achamos tão ruim", disse Cizek. “Se você está fazendo sexo com alguém com quem não é casado, precisa parar. Eu disse, 'sabe, às vezes a igreja cristã ganha a reputação de ser preconceituosa, porque olhamos para um pecado, a homossexualidade, e então fechamos os olhos e não dizemos nada sobre o pecado heterossexual, e isso é hipócrita'".

Ele diz que o que aconteceu foi um efeito dominó, que terminou em sua demissão, mesmo que contra a vontade dele.

"Eu descobri logo depois que uma estagiária lésbica registrou uma reclamação sobre o sermão", disse Cizek. "Ela reclamou que eu disse que todos os homossexuais vão queimar no inferno. Não sei que sermão ela ouviu, porque não foi isso que preguei naquele dia".

2.500 trainees ouviram o sermão daquele dia e Cizek diz que, pelo que sabe, apenas uma pessoa reclamou da mensagem.

“Também tínhamos uma comandante assumidamente lésbica trabalhando no treinamento básico e quando ela ouviu sobre a reclamação da estagiária, ela não concordou”, disse Cizek.

"Meus relatórios de desempenho foram rebaixados, minha recomendação de promoção foi rebaixada. Fui preterido duas vezes para promoção e involuntariamente afastado da Força Aérea em 2016".

Isso significa que mesmo com quase 30 anos de serviço, quase 20 deles na ativa, ele não pode se aposentar da Força Aérea. Cizek diz que embora seja uma perda líquida de mais de um milhão de dólares em pensões e benefícios de saúde, ele vê um problema maior.

"Mesmo se eu dissesse o que ela alegou que disse, está coberto pelo meu direito da Primeira Emenda de pregar e ensinar de acordo com minhas crenças religiosas", disse Cizek. "Ou acreditamos que todos têm os direitos garantidos pela Primeira Emenda ou não".

"Tudo o que ele quer fazer é servir a Deus e servir ao seu país, isso é tudo o que ele quer fazer", disse o advogado de Cizek, Paul Platte.

"Os regulamentos da Força Aérea permitiam especificamente que ele desse esse tipo de sermão. A Primeira Emenda protege sua liberdade de expressão e de religião. Portanto, francamente, achamos um absurdo o que aconteceu com ele".

Eles dizem que a Força Aérea nunca registrou por escrito que o sermão causou os relatórios de baixo desempenho, mas o acusou de “violar protocolos” não relacionados no processo. Cizek nega que tenha cometido qualquer violão e após apelar aos escalões mais altos da Força Aérea, recebeu um documento que supostamente mostrava os motivos da decisão, mas todo o texto explicando quais protocolos ele havia violado havia sido redigido.

"Aqui no topo da página está escrito os motivos da decisão e, em seguida, deixa em branco tudo que explica o motivo da decisão", disse o advogado, segurando o documento. "Mas sabemos por quê. Ele foi disciplinado três dias depois de fazer o sermão sobre a imoralidade sexual".

O site cristão ‘CBN News’ entrou em contato com a Força Aérea, para que pudesse comentar o caso e funcionários enviaram um comunicado que diz em parte: "Curt Cizek alega que foi vítima de represália ... com base na análise do conselho, eles não concluem que o candidato foi vítima de represália. O conselho afirma que ele não conseguiu estabelecer isso".

Cizek está pedindo ajuda aos legisladores e até mesmo à Casa Branca. O gabinete do vice-presidente encaminhou o caso de Cizek ao Conselho da Força Aérea para Correção de Registros Militares para reconsideração, mas as autoridades locais se recusaram a reabrir o caso. Agora, o escritório do Inspetor-Geral do Departamento de Defesa está investigando o caso. Cizek espera que os cristãos se posicionem sobre o quanto esse caso por soar mal.

"Precisamos de algum incentivo de outros cristãos", disse Platte. "Este é um momento para os cristãos conservadores serem ouvidos, fazendo com que seus legisladores, a Casa Branca, a Força Aérea e o Secretário de Defesa saibam como eles se sentem a respeito disso", disse Cizek. "A verdadeira intolerância está impedindo as pessoas de falar a verdade. Essa é a verdadeira intolerância e fanatismo que existe em nossa nação hoje."

Agora, que parece que a mudança está chegando à Casa Branca, Cizek não tem certeza se o governo Biden será tão solidário com sua causa. É por isso que ele acredita que o tempo é essencial para os cristãos falarem.

Cizek está pedindo aos cidadãos preocupados com sua situação que enviem um e-mail para a Casa Branca em seu nome.

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