Casal cristão resgata meninas do Boko Haram e garante seus estudos: "Demos passos de fé"

Paul e Rebecca resgataram 10 garotas do Boko Haram e agora trabalham para que elas possam concluir seus estudos.

Fonte: Guiame, com informações do World Watch MonitorAtualizado: sexta-feira, 21 de julho de 2017 às 19:37
Rebeca e duas das garotas que ingressaram na Universidade americana. (Foto: EMCI).
Rebeca e duas das garotas que ingressaram na Universidade americana. (Foto: EMCI).

São muitos quilômetros da Nigéria para os Estados Unidos. Mas, a dificuldade da distância foi vencida para essas garotas que vão ter a oportunidade de estudar na terra do Tio Sam graças a um casal cristão que as resgatou. O sequestro das meninas de Chibok aconteceu no dia 14 de abril de 2014 e agora quatro delas irão começar a estudar em uma universidade nos EUA no próximo mês.

Um casal nigeriano, que ajudou 10 garotas a fugir para prosseguir com seus estudos, viajou da Nigéria para Washington no mês passado para participar da cerimônia de graduação do ensino médio de dois delas.

Debrah e Grace estavam entre as 276 estudantes que foram sequestradas durante a noite pelo grupo radical Boko Haram, no dormitório da escola. A maioria delas são cristãs, da “Igreja dos Irmãos” na Nigéria, também conhecida como Ekklisiyar Yan Uwa a Nijerya, ou a EYN Church.

O casal, Paul e Rebecca Gadzama, são co-fundadores e diretores da Education Must Continue Initiative (EMCI), uma instituição de caridade que visa ajudar as crianças a prosseguir seus estudos em áreas afetadas pelos conflitos do Boko Haram.

Paul e Rebecca Gadzama lutam para oferecer oportunidades de estudo. (Foto: EMCI).

Medidas de fé

"Nós tomamos medidas de fé quando trouxemos algumas meninas que conseguiram escapar. Elas ficaram em nossa casa por quase seis meses, e finalmente conseguimos levar 10 delas para os EUA", diz Rebecca. "É uma grande conquista, não só para Paul e para mim, mas para toda a boa vontade das pessoas que ajudaram essas duas meninas a alcançar essa vitória", celebrou.

"Estávamos muito entusiasmados e cheios de alegria para ver essas meninas, cuja educação estava prestes a ser comprometida pelos militantes islâmicos", acrescenta o marido, Paul. "Estamos muito gratos a Deus por sua fidelidade". A ação do casal é um verdadeiro milagre, pois eles não podiam pagar a graduação da própria filha - que cursa um Mestrado em Saúde Pública em Michigan - há poucas semanas.

Ao contrário de algumas de suas colegas de escola, que escaparam dos caminhões dos terroristas nos momentos após o sequestro, Grace e Debrah foram levadas até o campo do Boko Haram na Floresta de Sambisa, até que elas escaparam e voltaram para casa em uma viagem terrível que demorou uma semana.

Elas fazem parte do grupo de 57 garotas que conseguiram escapar, desde a fuga do ano passado (em Amina Ali), o que aconteceu somente depois de dois anos em cativeiro. Mais de uma centena de garotas foram resgatadas no ano passado, mas cerca de 100 ainda não foram reconhecidas.

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