Chineses enviam saudações ao Congresso de Lausanne

Chineses enviam saudações ao Congresso de Lausanne

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:09

Na segunda noite do Congresso Lausanne, dia 18 de outubro, os participantes ouviram a música que os chineses, impedidos pelo Governo de viajar, tinham planejado cantar na Conferência e os versículos bíblicos que escolheram para a sua situação. Doug Birdsall, presidente executivo do Movimento Lausanne, expressou desapontamento que a China - que tem a segunda maior população evangélica do mundo, atrás somente da África - não foi bem representado no Congresso. China e África foram agendadas para se envolverem em uma noite de diálogo muito aguardada, segunda-feira, que foi cancelada depois que os membros da Igreja doméstica foram impedidos de deixar o país para participar do 3º Congresso de Lausanne .

Na sua saudação, os líderes da Igreja anfitriã escolheram os versículos de Filipenses 1:29, sobre o sofrimento de Cristo, e Tiago 1:29, sobre ser tardio para em irar-se. Eles também enviaram as letras traduzidas da música chinesa, "O amor do Senhor para a China", que tinham planejado cantar na noite de segunda-feira.

"O amor do Senhor na China acende a esperança para a eternidade. O amor do Senhor na China revive a alma do fiel e abençoado," diz o refrão da música.

O governo chinês nas semanas que antecederam a Conferência de Lausanne havia impedido os líderes da igreja subterrânea chinesa de viajar ao exterior. Mas na semana passada foi quando se tornou amplamente conhecido que muitos dos participantes convidados tinham sido impedidos de embarcarem nos voos para o evento.

Os passaportes dos líderes chineses “foram confiscados nos aeroportos e pelo menos um líder foi detido depois de tentar voar para fora do país a partir do Aeroporto Internacional de Pequim”.

O arcebispo Henry Luke Orombi, de Uganda, o presidente honorário do Comitê Anfitrião Africano do Lausanne III, comentou que não ter a China na Conferência Mundial das Missões é como não ter o Brasil na Copa do Mundo.

"Isso é inimaginável," disse em um comunicado.

Durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira, os repórteres perguntaram à liderança do Congresso de Lausanne se eles poderiam ter feito um trabalho melhor no manuseio do convite chinês. Birdsall respondeu que os organizadores da Conferência haviam se consultado com os líderes chineses e permitiu que enviassem o convite. Enfático, disse também que, embora a situação da China seja lamentável, qualquer questão do tipo "e se" seria apenas especulação neste momento. "Os critérios de seleção e do processo usado por líderes indígenas na China foi o mesmo utilizado por outras seleções nacionais e regionais em todo o mundo," disse Birdsall, em um comunicado. "Lamentamos profundamente que as nossas intenções e o processo de convite descentralizado para os nossos irmãos e irmãs chineses têm sido erroneamente percebidos," disse ele, observando que Lausanne não tem a intenção de desafiar os princípios do Governo chinês de "Igrejas independentes, autônomas e autorreguladas”.

O governo chinês ficou ofendido que os líderes da Igreja do estado dos National Three Self Patriotic Movement e o China Christian Council (TSPM/CCC) não foram formalmente convidados para representarem os Cristãos da China, quando os líderes de Igrejas domésticas foram.

Os líderes do TSPM/CCC solicitados a participarem da Lausanne, que os organizadores concordaram, não puderam afirmar o Pacto de Lausanne e comprometer-se com a visão de Lausanne, que é exigido de todos os participantes. Igrejas estatais chinesa aderem à regra do governo de que apenas aprova a evangelização no estado em locais religiosos aprovados e colocações privadas. O evangelismo público é proibido. Além disso, há submissão de lugares da TSPM/CCC à autoridade do Estado no mesmo nível (se não superior) que a submissão à autoridade de Cristo.

Por conta da não afirmação do Pacto e de sua visão, os líderes foram convidados como observadores ao invés de participantes. Representantes da igreja católica e as igrejas ortodoxas também estão como observadores. Os dirigentes do TSPM/CCC, no entanto, rejeitaram o convite para ser observador Lausanne.

Enquanto a maioria de cobertura de mídia tem criticado o governo chinês por proibir os líderes da igreja doméstica de comparecerem à conferência histórica, os jornalistas na coletiva de imprensa, segunda-feira, torturaram Lausanne por não ser mais sensível à dinâmica da igreja-estatal na China. É difícil saber de quem é a culpa pela situação da delegação chinesa, porém é seguro dizer que a Conferência poderia ter feito um trabalho melhor do convite para as igrejas chinesas e o TSPM/CCC poderia ter aceitado participar do Lausanne, mesmo como observadores, uma vez que não podem afirmar o Pacto de Lausanne.

O Movimento de Lausanne, iniciado em 1974, quando o evangelista Billy Graham reuniu para o primeiro Congresso de Lausanne, em Lausanne, na Suíça. As Conferências Lausanne se concentraram em como o Corpo de Cristo em todas as linhas denominacionais podem unir-se na evangelização do mundo. O 3º Congresso de Lausanne começou na Cidade do Cabo em 17 de outubro, na África, e terminará 24 de outubro.

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