
O cientista cristão e criacionista Marcos Eberlin participou recentemente de um podcast para discutir a literalidade do tempo descrito no Livro de Gênesis, afirmando que, segundo as Escrituras e a genealogia bíblica, a Terra tem aproximadamente 6.000 anos.
Durante a conversa, Eberlin reforçou que a criação relatada em Gênesis ocorreu em seis dias literais de 24 horas, seguidos do “descanso de Deus” no sétimo dia.
Ao comentar interpretações que tentam relacionar o “Haja luz” com o Big Bang, Eberlin disse que tais leituras são fruto de “tentativas de salvar a Bíblia adaptando-a à ciência dos homens”.
Para ele, essa abordagem distorce o texto bíblico ao impor sobre ele conceitos que não existiam no contexto hebraico antigo.
“A Bíblia é clara, suficiente e inerrante. O texto afirma que Deus criou tudo em seis dias, e o próprio Jesus, ao falar ‘desde o princípio’, reafirma o início literal de todas as coisas”, declarou.
Para o professor, “não precisamos acomodar a Bíblia à ciência falha dos homens” porque a “Palavra de Deus é a verdade!”
Dia de 24 horas
Durante o episódio, Eberlin relatou que entrevistou diversos hebraístas para verificar se o hebraico original permitiria interpretações simbólicas ou poéticas dos dias da criação.
Segundo ele, a resposta de todos foi unânime: Gênesis não abre espaço para que os ‘dias’ sejam entendidos como eras ou longos períodos de tempo.
“Até Darwin, todos os hebraístas entendiam o yôm como um dia literal. Moisés, que escreveu Gênesis, não tinha o conceito de milhões de anos. O povo para quem ele escreveu também não”, afirmou.
O cientista também criticou teólogos e estudiosos que tentam conciliar o Big Bang com o relato bíblico. Ele argumenta que essa interpretação desobedece a ordem da criação: o sol é mencionado somente no quarto dia, enquanto as plantas surgem no terceiro, o que inviabilizaria qualquer ideia de longas eras naturais entre esses eventos.
Evidências genéticas
“Ficou esperando uma era inteira para fazer fotossíntese? Não faz sentido. Tentar encaixar o Big Bang em Gênesis cria uma série de incongruências”, disse.
Eberlin sustentou ainda que evidências genéticas apontariam para uma humanidade recente, fazendo referência à chamada “Eva mitocondrial”, que, segundo ele, convergiria para cerca de 6.000 anos de existência.
“A análise do DNA mitocondrial mostra que todos nós convergimos primeiro para três mulheres – que seriam as noras de Noé – e, antes delas, para uma única mulher, que teria vivido há cerca de 6.000 anos”, explicou.
Ao final, o cientista reforçou que sua defesa pela leitura literal não é apenas teológica, mas também uma questão de coerência com o próprio texto bíblico:
“Gênesis diz: ‘Houve tarde e manhã, o primeiro dia’. No contexto hebraico, isso só pode significar um dia de 24 horas. A Bíblia explica a Bíblia. Quando Jesus diz ‘desde o princípio’, Ele está apontando exatamente para Gênesis 1”, concluiu.
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