No dia 9 de julho de 2017, o governo iraquiano conseguiu recuperar Mossul — terceira maior cidade do Iraque. Depois de cinco anos, já pode-se ver cristãos se recuperando de todos os danos causados.
Quando tomou a cidade de forma violenta, a grupo terrorista Estado Islâmico fez com que mais de um milhão de pessoas fossem deslocadas internamente, além de todos os assassinatos cometidos.
Na ocasião, os cristãos receberam um ultimato — conversão ao islamismo, pagamento de imposto aos jihadistas ou fugir de suas próprias casas. Aqueles que se recusaram às duas primeiras opções, foram mortos pelos militantes.
Estado Islâmico perde poder no Iraque
As ruínas ainda são visíveis em Mossul, bem como as marcas na mente dos iraquianos. A metrópole se localiza onde ficava Nínive, cidade visitada por profetas citados na Bíblia, como Jonas.
Apesar de ser uma cidade importante para os cristãos, Mossul também possui um significado especial para os extremistas islâmicos, como centro de poder, conforme explica a Portas Abertas.
Mas, com a libertação da cidade, o Estado Islâmico teve esse poder diminuído no Iraque.
O cenário de Mossul mudou
Os desafios são muitos, mas a esperança aumenta um pouco a cada dia. Muitos cristãos testemunham o que estão vivendo depois de tanta violência.
O cenário de Mossul mudou, agora a reconstrução de casas, igrejas e outros locais são vistos e muitas pessoas estão buscando ajuda psicológica também, por conta dos traumas acumulados.
Shefa — nome fictício por razões de segurança — é diretora de um projeto de recuperação no Iraque. Ela diz que louva a Deus por sua bondade e pela igreja do mundo todo ter apoiado os cristãos iraquianos durante essa crise.
“Fiquei chocada com o cheiro de morte”
A cristã relata que ao visitar algumas vilas cristãs, ficou impressionada. “Quando visitei as vilas cristãs pouco depois da libertação, fiquei chocada com o cheiro de morte e o cenário de destruição”, relatou.
“Não ficou pedra sobre pedra. Isso mostrou a profundidade do sentimento anticristão que os extremistas tinham. Na época, eu duvidava que a vida voltaria um dia a ser como era antes, mas quando visito vilas cristãs hoje, eu vejo um cenário diferente”, disse.
“Vejo a cruz de nosso Senhor Jesus em todo lugar, declarando que Ele está vivo nos céus”, disse ainda ao destacar que presenciou a fase de recomeço de muitos cristãos.
“Não foi uma caminhada fácil, mas o Senhor nos deu muito mais do que pedimos ou pensamos. Continuamos a reconstruir o que perdemos”, destacou.
“Durante o processo de restauração, um dos líderes da igreja iraquiana disse: “Os cristãos têm que carregar sua cruz todos os dias. Cristo não prometeu uma vida fácil, mas prometeu que venceríamos o mundo”.
Sobre o projeto de reconstrução
As igrejas históricas se tornaram “Centros de Esperança” e foram instrumentos para a reconstrução de mais de 2 mil casas e implantação de mais de 250 negócios possibilitados por microcréditos, ajudando cristãos iraquianos a voltar para casa e refazer a vida e os negócios, conforme conta a Portas Abertas.
Além disso, líderes cristãos foram encorajados pela oração e puderam participar de estudos bíblicos e de seminários. “A vida de homens e mulheres mudou conforme as pessoas passaram a se relacionar com o Senhor”, disse a organização.
Durante o estudo do livro de Salmos com um jovem, ele disse que foi a primeira vez que percebeu que podia chamar Deus de ‘Pai’. Os olhos dele se encheram de lágrimas quando disse isso.
“O que a guerra levou em um minuto, leva anos para ser reconstruído. Não terminamos essa jornada ainda. Mas nós vimos o Senhor intervindo aqui no Iraque e aguardamos animados o que Ele reserva para o nosso futuro”, concluiu Shefa.
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