Priscila Gomes foi a convidada desta semana do podcast “Café com Elas”, feito em parceria com o Guiame, apresentado pela pastora Adriane Salvitti.
No bate-papo, a pastora da igreja Mevam nos bairros de Campinho e Recreio, no Rio de Janeiro, falou sobre família, liderança de mulheres na igreja e sobre a sua caminhada cristã.
Priscila, de 42 anos, é filha de pastores e nasceu na igreja. No entanto, ela enfatiza que, embora tenha sido introduzida ao Evangelho por seus pais, foi essencial ter um encontro pessoal com Jesus para ter a sua identidade firmada.
“Há um momento da vida que a gente precisa ter um encontro real com Cristo, mesmo que os nossos pais nos apresentem o Evangelho. Eu tive esse encontro e entendi que eu era filha de Deus”, disse Priscila.
Na faixa dos 18 anos, o Senhor lhe mostrou sua verdadeira identidade e lhe mostrou seu propósito de vida.
Início do ministério
Priscila contou que passou a conhecer mais intimamente a Deus com seu esposo Rodrigo, na época em que estavam namorando. O ministério do casal se iniciou em uma célula na casa da mãe de Priscila. Hoje, eles lideram duas igrejas relevantes no Rio.
Falando sobre sua experiência com Deus, a pastora relembrou que na infância, perdeu um irmão que faleceu de câncer. Após o ocorrido, os pais se afastaram:
“Nesse afastamento foi o momento em que eu tive um encontro com Deus e passei a lutar por eles [seus pais] por 11 anos”.
Neste período, seu pai sofreu um grave acidente: “Ele estava em coma e em estágio vegetativo. Todos os laudos e diagnósticos foram de morte cerebral. Quando ele voltou do coma, ele voltou falando em línguas e eu e minha mãe presenciamos”.
Comparando o milagre de seu pai com a história da ressurreição de Lázaro, narrada na Bíblia, Priscila contou que as pessoas começaram a visitar a célula para testemunhar este milagre.
Então, a varanda da casa de sua mãe ficou pequena e há 14 anos eles lideram duas igrejas Mevam, fundada pelo pastor Luiz Hermínio, no Rio.
“Ainda nos vemos no lugar de não perder a essência. Hoje, o nosso desafio é manter o nosso coração na essência que Ele me chamou lá no início, manter a minha identidade, manter o foco no chamado, no propósito, não me perder nesse lugar”, relatou Priscila.
Confira o episódio completo:
‘Mulher virtuosa’
Sobre o casamento, Priscila destacou pontos chaves acerca da mulher que edifica o seu lar: “Dentro de nós há duas mulheres, a sábia e a tola. Dentre essas duas nós temos a mulher eterna, e encontrá-la é um desafio, mas o caminho é pela sábia”.
Para Priscila, falar sobre sabedoria exige um nível que parece que as mulheres não vão alcançar. Portanto, para ser a mulher virtuosa descrita em Provérbios 31, a pastora se submete à orientação do Espírito Santo.
“Quando parece que eu vou me perder, Ele me lembra das verdades eternas que são imutáveis”, declarou Priscila.
“Sobre a sabedoria, a gente vive em uma era de muita informação. Isso é bom, mas também é muito prejudicial. Porque com um clique temos informação sobre tudo que não leva a lugar nenhum. Então, qual é o nosso desafio? É buscar revelação do que a Palavra diz”, acrescentou.
Adriane comentou que tem visto uma geração de mulheres muito fortes e “homens fracos”, e afirmou que “isso não é saudável e não foi assim que Deus criou”. Então, as pastoras refletiram sobre o autoritarismo da mulher nos casamentos atuais.
“É uma estratégia para esses dias do fim que o anticristo já tem colocado sobre as nações da mulher ser empoderada”, disse Priscila.
E continuou: “Então, se você precisa de sabedoria, peça a Deus: ‘Senhor, mesmo que eu saiba fazer eu me submeto, me ajuda onde eu não alcanço’. É nessa humildade que Deus vai encontrar a mulher eterna”.
“É aí que Deus nos honra, porque quando tentamos fazer tudo na nossa força ou sair atropelando a autoridade do marido, o Senhor não abençoa. Porque a gente sai do lugar que Ele nos chamou, que é ser auxiliadora”, acrescentou Adriane.
Adriane Salvitti e Priscila Gomes. (Foto: Guiame)
Autoridade de Deus
Na conversa, as pastoras destacaram a importância dos líderes saberem respeitar as etapas de suas vidas familiares e ministeriais.
“Eu vejo que muitos líderes, devido à demanda da igreja, entram naquele ativismo religioso de ter que fazer e deixam a sua casa descoberta de atenção. Então o primeiro ministério é a nossa casa”, disse Adriane.
Priscila acrescentou explicando que ter momentos familiares, que chamou de “princípios de mesa”, demonstra honra a família.
Por fim, a pastora relembrou diversos milagres que viveu na infância e deixou uma mensagem para os ouvintes:
“Naquele lugar onde fomos curados, Deus nos dá autoridade. Eu creio que, nestes dias, Deus vai despertar jovens e mulheres para curar. Jesus ainda cura”.
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