Confeiteiro cristão diz que teve a fé fortalecida após 12 anos no tribunal: “Deus provê”

Durante 12 anos, Jack Phillips foi perseguido e recebeu ameaças de morte por se negar a fazer bolos que ofendem a Bíblia.

Fonte: Guiame, com informações de Fox NewsAtualizado: sexta-feira, 18 de outubro de 2024 às 19:33
Jack Phillips. (Foto: Reprodução/ADF)
Jack Phillips. (Foto: Reprodução/ADF)

Depois de enfrentar processos judiciais e ameaças de morte nos últimos 12 anos — por se recusar a criar bolos com mensagens que vão contra a Bíblia — o proprietário da Masterpiece Cakeshop, Jack Phillips, afirmou que seu relacionamento com Deus se fortaleceu. 

"Uma das coisas mais importantes é que isso tornou minha fé muito mais forte, aproximou nossa família e fortaleceu todo o nosso relacionamento com Jesus Cristo", disse Phillips à Fox News.

"Também me ensinou que Deus provê tudo o que precisamos durante esses últimos dias sem criar os bolos de casamento e a renda comprometida. Mas, Ele nos deu muitas outras oportunidades", acrescentou.

Processo judicial 

O confeiteiro foi processado em 2012 pelo escritório de direitos civis do Colorado, nos Estados Unidos, depois que ele se recusou a fazer um bolo de casamento para pessoas do mesmo sexo.

Em 2018, o caso acabou na Suprema Corte dos EUA, onde os juízes decidiram, por 7 votos a 2, que o estado do Colorado era “hostil às suas crenças religiosas”. 

No entanto, os problemas legais de Phillips não terminaram aí. No mesmo dia em que a Suprema Corte dos EUA anunciou que ouviria seu caso, um advogado transgênero local pediu a Phillips para fazer um bolo celebrando uma transição de gênero. 

Depois que o confeiteiro recusou o pedido, o advogado ligou novamente para solicitar um segundo bolo. 

Segundo a Alliance Defending Freedom (ADF), que representa o cristão desde 2012, desta vez, ele queria um bolo com Satanás fumando maconha, para "corrigir os erros do pensamento de Phillips".

Depois que Phillips recusou o pedido novamente, o advogado entrou com uma queixa de discriminação no escritório de direitos civis do estado, que por sua vez apresentou acusações contra o confeiteiro. 

Após a ADF apresentar uma reconvenção no tribunal federal, o estado aceitou encerrar o caso por meio de um acordo. No entanto, o mesmo advogado optou por entrar com outra ação judicial sobre o mesmo tema de transição de gênero no tribunal estadual alguns meses depois.

Por fim, essa saga terminou este mês de outubro, depois que a Suprema Corte do Colorado decidiu ouvir o caso e indeferiu o processo por uma questão técnica.

Sem rancor 

Phillips contou que foi alvo de protestos, ameaças de morte e perdeu 40% de sua renda porque parou de fazer bolos de casamento. 

Apesar disso, ele é grato pelo apoio que recebeu da comunidade e de seus representantes legais ao longo dos anos.

Seus advogados disseram que Phillips já passou por muita coisa e estão esperançosos de que, no futuro, ele estará livre para administrar seu negócio sem ser assediado.

"Nossa visão é que já chega entre autoridades governamentais no Colorado e ativistas no estado. As pessoas têm perseguido Jack pelos últimos 12 anos. É hora de deixá-lo em paz", disse o conselheiro jurídico chefe da ADF, Jim Campbell, à Fox News.

Em outubro de 2023, Phillips disse que não guarda rancor do advogado que o perseguiu por uma década.

"Essa pessoa não está lutando contra mim, esse caso é contra o estado e meu direito de expressar minha liberdade religiosa e fazê-lo sem medo de punição no mercado", explicou ele.

"Então, não é uma questão pessoal, mesmo que essa pessoa tenha me perseguido, não tenho nada a perdoar. Essa pessoa não é um inimigo", concluiu.

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