Depois de enfrentar processos judiciais e ameaças de morte nos últimos 12 anos — por se recusar a criar bolos com mensagens que vão contra a Bíblia — o proprietário da Masterpiece Cakeshop, Jack Phillips, afirmou que seu relacionamento com Deus se fortaleceu.
"Uma das coisas mais importantes é que isso tornou minha fé muito mais forte, aproximou nossa família e fortaleceu todo o nosso relacionamento com Jesus Cristo", disse Phillips à Fox News.
"Também me ensinou que Deus provê tudo o que precisamos durante esses últimos dias sem criar os bolos de casamento e a renda comprometida. Mas, Ele nos deu muitas outras oportunidades", acrescentou.
Processo judicial
O confeiteiro foi processado em 2012 pelo escritório de direitos civis do Colorado, nos Estados Unidos, depois que ele se recusou a fazer um bolo de casamento para pessoas do mesmo sexo.
Em 2018, o caso acabou na Suprema Corte dos EUA, onde os juízes decidiram, por 7 votos a 2, que o estado do Colorado era “hostil às suas crenças religiosas”.
No entanto, os problemas legais de Phillips não terminaram aí. No mesmo dia em que a Suprema Corte dos EUA anunciou que ouviria seu caso, um advogado transgênero local pediu a Phillips para fazer um bolo celebrando uma transição de gênero.
Depois que o confeiteiro recusou o pedido, o advogado ligou novamente para solicitar um segundo bolo.
Segundo a Alliance Defending Freedom (ADF), que representa o cristão desde 2012, desta vez, ele queria um bolo com Satanás fumando maconha, para "corrigir os erros do pensamento de Phillips".
Depois que Phillips recusou o pedido novamente, o advogado entrou com uma queixa de discriminação no escritório de direitos civis do estado, que por sua vez apresentou acusações contra o confeiteiro.
Após a ADF apresentar uma reconvenção no tribunal federal, o estado aceitou encerrar o caso por meio de um acordo. No entanto, o mesmo advogado optou por entrar com outra ação judicial sobre o mesmo tema de transição de gênero no tribunal estadual alguns meses depois.
Por fim, essa saga terminou este mês de outubro, depois que a Suprema Corte do Colorado decidiu ouvir o caso e indeferiu o processo por uma questão técnica.
Sem rancor
Phillips contou que foi alvo de protestos, ameaças de morte e perdeu 40% de sua renda porque parou de fazer bolos de casamento.
Apesar disso, ele é grato pelo apoio que recebeu da comunidade e de seus representantes legais ao longo dos anos.
Seus advogados disseram que Phillips já passou por muita coisa e estão esperançosos de que, no futuro, ele estará livre para administrar seu negócio sem ser assediado.
"Nossa visão é que já chega entre autoridades governamentais no Colorado e ativistas no estado. As pessoas têm perseguido Jack pelos últimos 12 anos. É hora de deixá-lo em paz", disse o conselheiro jurídico chefe da ADF, Jim Campbell, à Fox News.
Em outubro de 2023, Phillips disse que não guarda rancor do advogado que o perseguiu por uma década.
"Essa pessoa não está lutando contra mim, esse caso é contra o estado e meu direito de expressar minha liberdade religiosa e fazê-lo sem medo de punição no mercado", explicou ele.
"Então, não é uma questão pessoal, mesmo que essa pessoa tenha me perseguido, não tenho nada a perdoar. Essa pessoa não é um inimigo", concluiu.
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