Cristã chinesa é presa por orar pela mãe doente em culto doméstico

Durante os 10 dias que passou na prisão, Xiao Ai disse que se aproximou ainda mais de Deus e que evangelizou os colegas de cela.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: segunda-feira, 17 de outubro de 2022 às 17:56
Cristãos chineses são perseguidos por governo ditador. (Foto representativa: Portas Abertas)
Cristãos chineses são perseguidos por governo ditador. (Foto representativa: Portas Abertas)

A cristã chinesa Xiao Ai [nome fictício], de 40 anos, disse que sabia que um dia a perseguição chegaria à sua porta e que era só uma questão de tempo. Ela e mais alguns cristãos costumavam se reunir em sua casa para cultos domésticos. 

Apesar dos riscos, o grupo fez um cronograma dos encontros e deixou combinado que, no dia que a polícia aparecesse, apenas o líder se responsabilizaria e enfrentaria as consequências. Desta forma, os demais cristãos seriam protegidos. 

Quando esse dia chegou e Xiao viu o guarda entrando em sua casa, não hesitou em afirmar que ela era responsável pela reunião: “Eu sou a dona desta casa e a responsável pelo culto. Minha mãe está doente, por isso convido meus amigos para que venham aqui e orem por ela. Sou a única responsável”.

‘Na prisão, era só eu e Deus’

Quando Xiao foi presa, ela conta que viu o agir de Deus em sua cela e que não se sentiu limitada. Para ela, era apenas um espaço diferente onde poderia continuar praticando sua fé em Jesus, além de poder compartilhar o Evangelho.

Ela conta que os policiais precisavam executar tarefas durante a noite e, enquanto todos dormiam, ela orava. 

“Acredito que o Senhor tinha dois grandes objetivos para mim: primeiro, que eu evangelizasse meus colegas presos, pois eles precisavam ouvir as boas novas. Mesmo que eles não creiam, eu fiz a minha parte. E, segundo, eu estava tão atarefada no ministério que não parava para me aproximar com profundidade de Deus. E ali, estávamos apenas eu e Ele”, disse. 

Ditadura chinesa contra a Igreja de Cristo

O 20º Congresso do Partido Comunista na China, que teve início no último domingo (16), faz aumentar a apreensão pelo destino dos cristãos chineses.  

As decisões do Congresso de 2018 foram o início de grandes mudanças, com aumento da fiscalização sobre atividades religiosas não reconhecidas pelo governo, como o cristianismo. 

O atual líder chinês, Xi Jinping, acredita que os cristãos têm grande influência ocidental e estrangeira, por isso considera a religião uma ameaça.

Em 2022, o congresso fará escolhas que certamente impactarão os cristãos de forma negativa, como sempre. Até agora, muitas igrejas foram fechadas e até na internet as restrições são aplicadas pelo governo. 

A cristã Xiao Ai é só um exemplo. Ela ficou presa durante 10 dias por organizar uma igreja doméstica e terá que lidar com a pressão das restrições religiosas chinesas para continuar seguindo a Cristo.

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