Cristão chinês é multado em 20 mil dólares por organizar estudo bíblico

Segundo especialistas, Xi Jinping deve intensificar ainda mais a perseguição aos cristãos, por considerá-los uma ameaça à união nacional.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: terça-feira, 8 de novembro de 2022 às 12:47
Cristãos são cada vez mais perseguidos na China. (Foto representativa: Portas Abertas)
Cristãos são cada vez mais perseguidos na China. (Foto representativa: Portas Abertas)

Ji Chungang é um cristão de 41 anos, que vive no estado de Yunnan, no Sul da China. Recentemente, ele foi condenado a pagar uma multa de 150 mil yuan — equivalente a 20 mil dólares, quase 107 mil reais — por organizar um estudo bíblico.

O treinamento que aconteceu no último mês de junho foi considerado um “evento religioso não autorizado”.  

As provas da “infração” foram enviadas às autoridades, incluindo fotos e uma lista de participantes. 

Cristãos são punidos

Ji não é o único chinês a sofrer perseguição religiosa em seu país. Em agosto, Chen Lijun, pastor de uma igreja doméstica, viveu uma situação semelhante e foi preso por compartilhar literatura cristã online. 

Mais de 100 membros da igreja estão sendo perseguidos e o pastor continua preso.   “Além de limitar as atividades cristãs no país, as punições geram o medo de praticar a fé”, explicou a Portas Abertas. 

“Nos últimos meses, diversos cristãos que organizaram treinamentos e reuniões foram acusados e punidos com multas”, continuou a organização. 

Previsão de ‘dias piores’

Como o presidente ditador Xi Jinping continua na liderança, a tendência é que todos os seus planos continuem em prática. Conforme apontaram líderes cristãos: ‘Sua reeleição trará consequências catastróficas à Igreja’. 

A previsão é que haja um aumento na perseguição aos cristãos. “As autoridades escolhidas já declararam o interesse em aumentar o controle e a pressão sobre as minorias religiosas”, disse ainda um especialista da Portas Abertas.

Ele explica que os cristãos são vistos como ameaças à unidade nacional. Enquanto alguns pastores sentem medo, outros têm encorajado as congregações a manterem os olhos em Cristo e a confiarem na soberania de Deus. De todo modo, a igreja chinesa precisa de apoio em oração e encorajamento

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