Dois cristãos na Argélia estão enfrentando julgamento depois que a esposa muçulmana de um deles acusou-os de sugerir que ela deixasse o Islã. Rachid Ouali e seu amigo de 67 anos, Ali Larchi, foram a um julgamento em Bouira, cerca de 100 km a sudeste de Argel, na última terça-feira (9), depois que a esposa de Ouali apresentou uma queixa acusando-os de levá-la para um culto.
A mulher ainda disse que eles haviam pedido que ela deixasse o Islã. As informações são do Morning Star News.
Ele e Larchi negam as acusações. Posteriormente a esposa de Ouali disse que ela fez isso sob pressão de parentes. O nome de sua esposa foi protegido por motivos de segurança.
Ouali e sua esposa foram almoçar na casa de Ali, em Bechloul, no final de junho. Ali, sua esposa e os cinco filhos são bem conhecidos na área como cristãos que recebem hóspedes de todos os tipos.
A província de Bouira fica na região de Kabylie, que tem uma população considerável de cristãos convertidos do islamismo.
Enquanto as duas esposas conversavam e as duas famílias desfrutavam da refeição, Ouali e Larchi começaram a contar histórias de fidelidade de Cristo em suas vidas. Menções do nome de Jesus e exclamações de "aleluia" eram frequentes.
Ao ouvir essa conversa, a esposa de Ouali ficou de pé e gritou de raiva: “Você me trouxe aqui para me converter e negar minha religião. Você colocou uma armadilha para mim”. Ela continuou levantando a voz para se fazer ouvir do lado de fora.
Ela saiu de casa e foi até a casa dos pais, onde contou aos parentes, incluindo dois irmãos, sobre a refeição. Os dois irmãos, ambos policiais, exigiram que ela fosse registrar uma queixa contra seu marido e seu amigo.
Ela apresentou uma queixa no dia 2 de julho acusando seu marido e Larchi de tê-la levado a um culto na igreja e de ter tentando persuadi-la a deixar o Islã e se tornar cristã.
A Lei 03/2006 da Argélia, comumente conhecida como Lei 03/06, prevê uma pena de prisão de dois a cinco anos e multa de 500.000 a 1 milhão de dinares para qualquer pessoa que “incite, restrinja ou utilize meios de sedução tendendo a converter um muçulmano a outra religião, ou usando para esse fim as instituições de educação, saúde, instituições sociais, culturais ou educacionais, ou outro estabelecimento, ou vantagem financeira”.
Ouali disse que sua esposa mais tarde confessou a ele: “Eu não queria fazer isso, foram meus irmãos que me obrigaram.
Um dia antes da audiência, ele acrescentou que sua esposa lhe falou: "Estou presa entre minha família e meu marido, não sei o que fazer". O advogado dos dois cristãos, Sadek Najib, disse ao Morning Star News que está esperançoso após a audiência de terça-feira, quando o julgamento foi adiado até 6 de novembro, a pedido dos queixosos.
"Se essa mulher negar ter sido forçada a ser cristã e renunciar ao Islã, o caso será encerrado", disse Najib. "A acusação será cancelada, uma vez que a acusação se torna infundada". Líderes cristãos dizem que a lei de 03/06 é inconstitucional, citando o Artigo 42 da Constituição da Argélia, que garante a liberdade de crença, opinião e culto.
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