"Deus preservou minha vida", diz cristão queimado com barras de ferro por muçulmanos

Ansar Masih foi torturado por muçulmanos que bateram nele com barras de ferro quente. Apesar de tamanha brutalidade, o jovem está vivo e se recupera do ataque.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 2 de maio de 2017 às 20:27
Ansar diz que ainda está traumatizado pelo ataque. “Estou com muito medo de sair de casa". (Foto: Reprodução).
Ansar diz que ainda está traumatizado pelo ataque. “Estou com muito medo de sair de casa". (Foto: Reprodução).

Ansar Masih, um cristão de 21 anos, foi torturado por muçulmanos que usaram barras de ferro quente para queimá-lo. O motivo de tal brutalidade foi o fato de Ansar ser amigo de uma muçulmana, no Paquistão. Sua mãe, muito triste, disse que nunca tinha visto tanta brutalidade e que está orando para que Deus traga justiça, pois a mesma coisa acontece “com outros jovens cristãos”.

“A vida de meu filho é preciosa para mim e quase me foi tirada. Ele sofreu uma brutalidade do tipo que eu nunca vi antes”, disse a mãe da vítima, Nasreen Bibi, de acordo com a Associação Cristã Paquistanesa Britânica. "Eu ainda estou chocada com a violência, mas feliz por ele ter sobrevivido e graças a Deus estar se recuperando”, ressaltou.

Ela continuou: "Os homens que o torturaram merecem ser punidos e eu estou orando para que Deus traga justiça a esta situação, porque isso também acontece a tantos outros jovens cristãos”, disse.

Ansar foi atacado em Sheikhupura na província de Punjab no Paquistão no início deste mês pelo pai e irmãos da moça muçulmana, identificada como Jameela. Eles tomaram a atitude extremista por não aprovarem a amizade da filha com um cristão, de acordo com o jornal local.

A queixa policial assinada pela irmã de Ansar diz que ele conheceu a moça há dois anos e a amizade cresceu ao longo do tempo. Os dois supostamente falaram ao telefone muitas vezes e ele visitava o bairro da jovem para vê-la.

Trauma

Ansar diz que ainda está traumatizado pelo ataque. “Estou com muito medo de sair de casa. Os homens me machucaram tanto, me chutaram, me golpearam, me morderam, me cuspiram, me bateram com barras e depois me queimaram. Eles esquentaram as barras de ferro numa fogueira e com elas me bateram", lembra ele.

"Eu era simplesmente amigo de Jameela, não tínhamos nenhum caso físico. Mas esta família simplesmente odeia os cristãos e me impôs tanta brutalidade, porque para eles eu sou como um lixo”, disse Ansar.

Ele continuou: "Eu perdi a consciência durante a tortura, então me encontrei no hospital. Ainda estou com dor e essas marcas no meu corpo ficarão marcadas pela minha vida, mas pelo menos estou vivo. Deus preservou minha vida e eu ficarei eternamente em dívida com Ele", pontuou.

Entenda o caso

No dia 1º de abril, a mãe de Ansar enviou o jovem para recolher o dinheiro de um amigo no bairro de Jameela. Enquanto ele estava montando sua motocicleta para voltar, ele foi parado pelo pai da moça e seus filhos, que acenaram com as mãos para ele parar. Quando ele parou, eles o pegaram e cobriram a cabeça com um pequeno saco e o raptaram, levando-o para sua casa. Os três assaltantes amarraram Ansar, bateram nele e o queimaram usando barras de ferro quente até que ele perdeu a consciência.

Os homens alegadamente trouxeram o cristão que ainda estava inconsciente para sua casa e disse a sua família que ele havia sofrido um acidente. O pai de Ansar disse que sua família está sob pressão do acusado e da polícia local para retirar a denúncia.

Mohammad Jibran Nasir, um advogado de 28 anos, ativista de direitos civis, blogueiro e político independente em Karachi, que fez o caso de Ansar ser conhecido, ajudou a arrecadar dinheiro para o tratamento da vítima. A perseguição violenta é comum no Paquistão. Os cristãos são alvos de assassinatos, bombardeios, rapto de mulheres, estupro, casamentos forçados e despejos de sua casa e país. As injustas leis de blasfêmia também são usadas para punir os cristãos e prevenir o evangelismo.

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