É hora de tirar a oração do porão e colocá-la de volta no púlpito, diz evangelista

A evangelista australiana Christine Caine exortou as igrejas a colocarem a oração, arrependimento e busca por santidade novamente no centro.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: segunda-feira, 16 de novembro de 2020 às 14:26
Christine Caine falou sobre oração e avivamento no evento virtual Q&A 2020. (Foto: Q Ideas)
Christine Caine falou sobre oração e avivamento no evento virtual Q&A 2020. (Foto: Q Ideas)

A evangelista e autora australiana Christine Caine exortou as igrejas a formar pessoas cheias da santidade de Deus ao invés tentar parecer um ambiente cheio de pessoas “legais”. 

Caine é fundadora da Campanha A21, uma organização que combate o tráfico de pessoas. Na última quarta-feira (11), ela participou de um evento transmitido online ao lado dos pastores Jon Tyson e Corey Russell, onde falaram sobre oração e avivamento.

A evangelista australiana lamentou que a oração tenha sido colocada no “porão com as avós”, tendo perdido seu espaço de destaque. “Estou em uma luta para tirar a oração do porão e colocá-la no púlpito, e colocá-la na frente e no centro”, disse Caine. 

“Ficamos um pouco constrangidos porque, em nossa frieza, entre nossos jeans skinny e tatuagens, nossos belos equipamentos de luz e câmera, pensamos: ‘Orar não é legal, orar é constrangedor. Uma máquina de fumaça fará o trabalho’. E o que descobrimos é que as máquinas de fumaça não salvaram ninguém. Veja a bagunça em que o mundo está”, acrescentou.

A evangelista continuou: “Em vez de estar no mundo e não ser do mundo, nos tornamos do mundo e não estamos mais no mundo. Então o problema é que não temos poder, e o poder vem por meio da oração e da intercessão”, disse. “Não ligo se você não acha que sou legal. Eu sou totalmente dependente de Deus”.

Segundo Caine, o problema é que a Igreja moderna não está “desesperada” o suficiente para voltar a orar. “Olhe para 2020. A política não nos salvou, a medicina não nos salvou, a ciência não nos salvou. Eu amo todas essas coisas, mas precisamos do desespero da velha guarda”, observou.

Tirando o homem do centro

A Igreja está tão ocupada colocando “pessoas no centro” em vez do Espírito Santo que não consegue se concentrar em oração e arrependimento, avaliou Caine. Todo mover de Deus é “precedido de oração e arrependimento”, o que só vem do desespero, explicou a evangelista. 

“A cultura do cancelamento está tentando cancelar a Igreja”, afirmou. “Você não cancela a Igreja ou culpa a Igreja ou envergonha a Igreja para que ela se arrependa. O Espírito Santo nos convence. O que precisamos fazer colocar o Espírito Santo no centro novamente para que Ele possa fazer o que somente Ele pode fazer, que é trazer convicção”.

A evangelista observou que esta é uma geração que sabe vender sua imagem, mas não é “marcada por Deus no quarto de oração”.


Christine Caine durante o evento virtual Q&A 2020, ao lado dos pastores Jon Tyson e Corey Russell. (Foto: Q Ideas)

Questionada sobre o que impede um derramamento do Espírito Santo nesta geração, Caine respondeu que muitos líderes cristãos estão mais obcecados em “receber curtidas e cliques” do que em se tornar parecido com Cristo.

“De repente deixamos de valorizar coisas que são centrais para a fé cristã, como a santidade, a santificação, ser cheio do Espírito Santo”, disse ela. “A semelhança com Cristo é o que eu preciso buscar, mais do que quantos estão curtindo o que eu postei”.

“Eu preciso levar as pessoas a Jesus Cristo”, ela acrescentou. “Eu preciso me apaixonar por Ele. Se você não está com Ele, você não pode se apaixonar por Ele”.

Os líderes cristãos “precisam deixar de ser bons em construir carreiras” e “morrer diariamente, tomar sua cruz e crucificar sua carne”, declarou Caine. Ela acredita que, assim que a Igreja chegar a esse lugar de arrependimento, veremos “sinais, maravilhas, milagres e avivamentos”.

“Jesus realmente se preocupa com a justiça e santidade. Se queremos ver o avivamento irromper, tem que ser importante para nós, como é importante para Deus”, finalizou.

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