É possível perder a salvação? Apologista cristão responde

O artigo de Robin Schumacher discorda da visão arminiana de que é possível abandonar a fé e, assim, perder a salvação.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quinta-feira, 9 de outubro de 2025 às 16:00
Robin Schumacher: “Os verdadeiros crentes são ‘guardados para Jesus Cristo’”. (Foto ilustrativa: Pixabay)
Robin Schumacher: “Os verdadeiros crentes são ‘guardados para Jesus Cristo’”. (Foto ilustrativa: Pixabay)

Em seu recente artigo “Não, caro cristão, você não pode perder a sua salvação”, o apologista Robin Schumacher traz sua opinião sobre um dos temas mais debatidos nas discussões teológicas: É possível poder a salvação?

O autor defende a chamada doutrina da segurança eterna da salvação, a de que um cristão sincero não pode perder sua salvação.

Ao tomar essa posição, Schumacher discorda da visão arminiana de que é possível abandonar a fé e, assim, perder a salvação.

O artigo surgiu para justamente contrapor a visão do pastor John Chipman, docente na Igreja Cristã The Spoken Word, na Califórnia, que escreveu um artigo questionando: “Uma vez salvo, sempre salvo é um ensinamento bíblico?”

Chipman diz quem embora muitos cristãos creiam que, após uma confissão sincera, a salvação seja irrevogável, essa visão não reflete integralmente o ensino bíblico.

Em seu texto, que defende a salvação como uma “conquista” perpétua, Schumacher afirma que só há duas opções possíveis:

“Quando se trata da nossa salvação e da sua perpetuidade, temos apenas duas opções: 1. Uma regeneração temporária, tanto na realidade quanto na experiência, ou 2. Uma regeneração permanente, tanto na realidade quanto na experiência. Não há outras possibilidades.”

Ele cita passagens como 1 Pedro 1:3–5, que dizem que a herança dos crentes é “incorruptível, imaculada, que não se desvanece” e “guardada pelo poder de Deus”.

Schumacher também considera que, embora Filipenses 2:12 peça que “pratiquemos a salvação”, o versículo seguinte (2:13) mostra que “Deus opera em nós tanto o querer como o efetuar”, equilibrando responsabilidade humana e ação divina.

Salvação e Fé

O apologista aborda o exemplo hipotético de “Tio Henry”, que participou ativamente da igreja e depois abandonou tudo.

Ele argumenta que tais casos não são provas de que alguém tenha perdido a salvação, mas sim de que nunca tiveram fé verdadeira.

Doutor em Novo Testamento, ele recorre a 1 João 2:19, que diz que “eles saíram de nós, mas não eram dos nossos; pois se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco”, interpretando como ensino de que os que se afastam nunca pertenceram verdadeiramente.

“Em seu comentário sobre 1 João, Kistemaker e Hendriksen dizem sobre este versículo: ‘Este texto ensina a doutrina da perseverança. Os incrédulos... nunca fizeram parte da Igreja porque não pertenciam a Cristo. Sua presença na igreja visível foi temporária, pois falharam em sua perseverança. Se fossem membros da igreja invisível, teriam permanecido com o corpo de crentes. Como observa F. F. Bruce: ‘A perseverança dos santos é uma doutrina bíblica, mas não é uma doutrina destinada a induzir os indiferentes a uma falsa sensação de segurança; significa que a perseverança é um símbolo essencial de santidade.’”

O autor do livro “Uma Fé Confiante: Conquistando Pessoas para Cristo com a Apologética do Apóstolo Paulo” afirma que colocar a salvação sob risco constante torna inútil qualquer confiança segura em Cristo.

Ele cita Charles Spurgeon, que rejeita a ideia de um Evangelho que “salva hoje e rejeita amanhã”:

Eu jamais poderia crer ou pregar um evangelho que me salva hoje e me rejeita amanhã, um evangelho que me coloca na família de Cristo em uma hora e me torna filho do diabo na próxima, um evangelho que primeiro me justifica e depois me condena, um evangelho que me perdoa e depois me lança no Inferno. Tal evangelho é abominável à própria razão; muito mais contrário à mente do Deus a quem nos deleitamos em servir.”

Para Schumacher, a doutrina da “segurança eterna” não encoraja negligência espiritual, mas oferece paz, confiança e robustez no relacionamento com Deus.

Ele sustenta que a verdadeira fé perseverará e que a salvação é obra de Deus desde o início até o fim.

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