O número é preocupante. 53 igrejas, entre ortodoxas, protestantes e católicas, receberam recentemente licenças pelo governo egípcio. As informações são da agência de notícias Fides, na semana passada.
Essas igrejas e edifícios anexados já existiam antes que a nova lei sobre a construção de prédios para cultos fosse aprovada pelo Parlamento egípcio, em 30 de agosto de 2016.
No entanto, há mais de 3 mil pedidos pendentes de outras igrejas que ainda precisam ser examinadas por uma comissão governamental criada para verificar se elas cumprem os requisitos legais.
Fontes da Igreja disseram ao site da Erm News que "estão descontentes com a aprovação do governo para licenciar algumas igrejas", e indicou que igrejas em várias comunidades realizarão uma reunião "para discutir a crise e se preparar para se encontrar com o ministro do Interior".
Samuel Tadros, um advogado, disse que “o número de licenças aprovadas é muito escasso em comparação com a necessidade de igrejas, especialmente nas áreas remotas e rurais”.
Outro advogado, Joseph Malak, chamou a decisão do governo de "decepcionante", observando que representou apenas uma pequena fração das 3.615 aplicações pendentes em várias províncias do Egito.
Muitas das igrejas que apresentaram pedidos - e estão agora aguardando a avaliação por parte da comissão do governo - foram construídas sem autorização. No entanto, antes da lei de agosto de 2016, não existia legislação precisa em relação aos requisitos para as igrejas.
Enquanto isso, os cristãos celebraram recentemente a construção de uma nova igreja na aldeia Al-Our, na província de Minya, no Alto Egito, pelo qual o governo do presidente Abdel Fattah el-Sisi atribuiu o equivalente a meio milhão de dólares.
A igreja foi dedicada aos 20 coptas egípcios e um cristão ghanês decapitado pelo Estado Islâmico na costa líbia em 2015. A inauguração da igreja, no dia 15 de fevereiro, marcou o terceiro aniversário de seu assassinato.
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