Uma aluna da Universidade da Carolina do Norte, na cidade de Charlotte (NC - EUA), presa em um tiroteio no campus que deixou dois estudantes mortos e outros quatro feridos, creditou à mão protetora de Deus e ao poder da oração o livramento que ela e milhares de outras possíveis vítimas tiveram na última terça-feira (30).
Rebecca Ince, uma caloura da UNCC, estava estudando na biblioteca da universidade, na tarde da última terça-feira, quando Trystan Andrew Terrell, de 22 anos, abriu fogo em uma sala de aula próxima. Ela contou o barulho dos tiros levou estudantes e professores a correrem para a biblioteca, gritando "atirador na ativa".
"No começo, eu estava completamente chocada e sem conseguir acreditar", disse ela ao jornal WXII12 News. "Nós vimos na tela os alertas de emergência e dissemos: 'Oh. Isso realmente está acontecendo".
Clamor
Imediatamente, Ince começou a orar.
“Eu olhei em volta por um momento, sem acreditar e comecei a orar. Eu orei e implorei pelo sangue de Jesus sobre o meu campus, orei para que Ele desarmasse todos os espíritos que vinham contra o campus naquele momento”, escreveu ela no Twitter.
Em meio ao caos, Ince, junto com outras oito meninas, correram para um centro estudantil e montaram uma barricada na porta: "Nós colocamos cadeiras, garrafas de água, armários pesados, caixas, qualquer coisa para garantir que a porta não se abriria", disse ela.
Sem saber onde estava o atirador, Ince falou com a mãe ao telefone e ouviu uma transmissão de televisão na outra linha. Posteriormente, Ince e suas amigas deram as mãos e se uniram em oração.
"Todo mundo estava disposto, então todos nós nos reunimos e a presença de Deus se tornou evidente naquela sala", disse Ince à WSOCTV. "Nós apenas sabíamos que estávamos protegidos, apenas reconhecemos a presença de Deus e sabíamos que íamos ficar bem".
No Twitter, Ince revelou que, enquanto se escondia no centro estudantil, ela perguntou a seus colegas estudantes: “Não estamos nos preparando para morrer, mas todos os que estão aqui foram salvos? Vocês sabem para onde estão indo se vocês morrerem?”.
"Você nunca sabe quando é seu último dia, confie em Jesus agora", escreveu ela. “A vida é passageira e inesperada. Tudo que eu já encontrei é que a vida com Cristo é eterna. Você vive sua melhor vida aqui e na próxima vida. Ele é confiável, mesmo em tempos como esses”.
Cinquenta minutos depois de ter montado o esconderijo, Ince conseguiu sair ilesa com seus colegas daquele local. Ela refletiu sobre a provação nas mídias sociais, escrevendo: "Toda glória a Jesus Cristo. Eu estou segura no meu dormitório com minhas amigas e ainda sendo consolada pelo Espírito Santo. Ele sempre me sustentou".
Ela acrescentou: “algo que venho dizendo o dia todo para mim mesma, para as pessoas ao meu redor e para meus amigos e familiares é: ‘você não pode atirar contra o sangue de Jesus’. é incrível colocar a fé no Deus Único, Verdadeiro e Vivo. Hoje estou viva por causa de Sua graça ”.
Prisão do atirador
Terrell, de 22 anos, foi detido na terça-feira e acusado pelos dois homicídios que cometeu e outras quatro tentativas de homicídio, depois que a polícia e testemunhas disseram que ele começou a disparar uma arma em uma sala com 50 estudantes.
Um dos dois estudantes mortos no tiroteio, Riley Howell, de 21 anos, atacou Terrell e conseguiu derrubá-lo, permitindo que as autoridades que chegaram rapidamente ao local o desarmassem, disse a polícia.
O outro aluno morto foi Ellis Parlier, de 19 anos, disseram as autoridades. Quatro estudantes feridos foram identificados como Drew Pescaro, 19; Sean DeHart, 20; Emily Houpt, 23, e Rami Alramadhan, 20.
O chefe da polícia de Charlotte-Mecklenburg, Kerr Putney, elogiou Howell, um dos maiores estudiosos do meio ambiente, como o "primeiro e mais importante herói" do tiroteio.
"Seu sacrifício salvou vidas", disse o chefe.
Natalie Henry-Howell, mãe de Riley, disse que sua família está "muito orgulhosa" de suas ações.
"Enquanto os estudantes corriam para um lado, nosso filho se virou e correu em direção ao atirador", disse ela ao programa "Today", da NBC. "Se ele estivesse no quarto quando algo assim estivesse acontecendo, e ele tivesse se afastado, ele não teria sido capaz de conviver com isso".
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições