Chito Aguilar é um pastor mexicano que, durante a juventude, buscou nas “lutas políticas” respostas para a desigualdade e necessidades humanas.
Em seu testemunho, ele revela que já participou de assaltos a bancos, sequestros e assassinatos e que estava disposto a oferecer a própria vida em defesa da ideologia que seguia — o comunismo.
Como muitos mexicanos, Chito formou uma gangue que traficava heroína para os Estados Unidos e países da América Latina. Em suas ações ilegais, no passado, ele conta que tinha convicção de que “a sorte estava com ele”.
Rumo à nova vida
Um dia, Chito foi preso por tráfico de drogas e, na prisão, fingiu ser cristão para ter seu tempo de cadeia abreviado. “Eu comecei a pregar e a servir as pessoas na prisão mesmo sem acreditar em Deus”, disse.
Sua esposa, porém, que era cristã de verdade, permaneceu em oração pelo marido. “Ela orava de manhã, de tarde e de noite. No último dia do julgamento ela disse que Deus me tiraria da prisão”, lembra Chito ao explicar que seu tempo mínimo seria de 40 anos.
“Eu disse a ela: ‘Espero que você não se decepcione com o seu Deus’. Eu era comunista, eu não acreditava em Deus. Mas, durante o julgamento, todas as provas contra mim não existiam mais, nem as digitais nas pontas dos cigarros. Eu não conseguia acreditar que Deus faria aquele milagre por mim”, refletiu.
Chito disse que sentia ódio pelo homem da gangue que o denunciou para o FBI, mesmo saindo da prisão em apenas 3 meses. Até que uma velha amiga, ex-terrorista, ministrou a ele uma palavra de perdão, falando de Jesus Cristo.
O ex-traficante lembra que, finalmente, sentiu uma paz nunca experimentada antes e se permitiu ter um encontro verdadeiro com o Salvador. Esse encontro foi o início de uma nova vida.
‘Os satanistas queimaram o templo’
Seguir a Cristo sendo um ex-traficante foi uma decisão de coragem, já que Chito passou a ser ameaçado pelos cartéis mexicanos. Mesmo assim, em pouco tempo ele se tornou pastor e passou a pregar em várias comunidades.
Além das ameaças, os traficantes costumam queimar igrejas e sequestrar crianças na tentativa de forçar as pessoas a abandonar a fé em Jesus para voltar ao mundo das drogas.
“Nossa comunidade é um lugar muito perigoso. A igreja é pressionada pelo Estado e perseguida pelos traficantes de drogas”, ele enfatizou. “Os satanistas da região queimaram o primeiro templo que contruímos”, continuou.
“Eu já fui comunista também”
Houve uma ocasião em que Chito, que atua em Chihuahua, decidiu abrir alguns centros de distribuição de alimentos, em locais marginalizados. “Há bairros comunistas onde nem a polícia consegue entrar. As pessoas andam armadas”, contou.
Mas Chito, que já era pastor, pediu um terreno naquele bairro. “O chefe do bairro perguntou quem eu era e eu respondi: sou pastor”, lembrou ao compartilhar que o chefe disse que ele poderia sair dali morto.
Os dois tiveram uma breve discussão. Chito comentou sobre as roupas e acessórios caríssimos que o traficante vestia e disse: “Isso é o que o comunismo faz, rouba do povo. Eu já fui comunista também, achando que poderia ajudar as pessoas pobres, mas estava errado”.
Chito foi líder de um movimento comunista e disse que fez muitas coisas ruins. “Karl Marx, Lenin, Engels, Che Guevara e Fidel Castro eram nossos ídolos. Minha vida girava em torno do terrorismo”, confessou. Mesmo diante das ameaças, ele conseguiu iniciar seu ministério naquele lugar.
“Em tempos difíceis, o Senhor é meu amigo”
Chito e sua esposa passaram a estudar a Bíblia e a evangelizar muita gente: “Mostrando o amor de Cristo conseguimos influenciar positivamente a sociedade, mesmo em meio ao tráfico de pessoas, tráfico de drogas e extorsão”.
O pastor mexicano conta que, certa vez, um jovem traficante entrou na igreja e o seguiu até o escritório. “Ele mostrou a arma e disse que ia me matar. Então, o Espírito Santo falou: ‘Diga que ele foi estuprado por um parente muito próximo’. Eu disse, ele confirmou e perguntou como eu sabia daquilo”, compartilhou.
Quando Chito disse que Deus havia mostrado, o jovem revelou que era estuprado pelo pai e que, um dia, ele mesmo o matou e o enterrou nas colinas. “Orei, ele aceitou a Cristo e abandonou o crime organizado”, continuou.
O pastor Chito contou muitas histórias semelhantes em seu testemunho na segunda temporada do Faces da Perseguição, da Portas Abertas. Entre os relatos de livramentos e como ele ouve a voz de Deus a guiá-lo, ele revelou: “Essa é a forma como conheço Deus. Em tempos difíceis, o Senhor é meu amigo”.
“Eu sei quem é Jesus Cristo. Eu sei quem é o Espírito Santo”
“Onde está Castro? Onde está Che Guevara? Onde estão Karls Marx e Lenin? Onde estão os comunistas que proclamaram que mudariam o mundo? Eles morreram e não ressuscitaram”, frisou.
“Eu sei quem é Jesus Cristo. Eu sei quem é o Espírito Santo. Se antes eu estava disposto a dar a minha vida por modelos humanos, como não entregá-la por Cristo?”, questionou.
“Quando falo com outros pastores, tento passar a eles a confiança, a fé e a proteção que tenho em Deus”, disse ao explicar que conseguiu reunir 600 pastores criando uma unidade entre eles.
Depois de contar sobre algumas experiências sobrenaturais, Chito concluiu: “O tempo que temos na terra é para servir a Deus, para cumprir o propósito que Ele tem em nós. Não é sobre o meu propósito, mas o propósito de Cristo em nós”.
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