Um grupo radical hindu de 35 pessoas atacou mais de 150 cristãos enquanto eles oravam, no distrito de Pratapgarh, estado de Uttar Pradesh (Índia). Eles deixaram 10 mortos e 20 gravemente feridos.
A organização International Christian Concern, que informa sobre a violência que os cristãos enfrentam em todo o mundo, disse que o ataque aconteceu no dia 2 de julho durante uma reunião de oração. Ram Kumar Gautam, um cristão de 42 anos, que lidera as reuniões há mais de cinco anos, disse que os radicais chegaram em veículos.
Os atacantes invadiram a sala de reuniões e começaram a espancar pessoas com varas de madeira. Além disso, dispararam cinco tiros no ar para assustar os cristãos.
"Eu não dormi nem comi direito por quase uma semana", disse Gautam, acrescentando que, além dos cristãos feridos e dos 10 motos, outras propriedades foram danificadas.
"O ataque à nossa reunião de oração teve consequências devastadoras. Muitos estão ferimentos graves e com membros quebrados. Além disso, casos falsos foram registrados contra seis de nós", salientou.
Acusações criminais
Após o ataque, os radicais hindus foram os únicos a apresentarem acusações criminais contra seis dos cristãos, incluindo Gautam, acusando-os de converter as pessoas ao cristianismo. Gautam afirmou, no entanto, que os membros da igreja pacificamente e voluntariamente realizam suas reuniões de oração toda segunda-feira.
"Nós nem sequer falamos sobre conversões, mas eu sou acusado de converter pessoas. Pessoas vêm à nossa oração e são curadas. É por isso que as pessoas escolhem frequentar regularmente as orações", acrescentou.
William Stark, gerente regional do ICC, disse que houve um surto de violência contra os cristãos na Índia.
"O Artigo 25 da Constituição da Índia diz que todo indivíduo tem o direito de professar livremente, praticar e propagar a religião de sua escolha. Mais de 150 cristãos teve esse direito violado na última segunda-feira, quando os radicais hindus os agrediram por meramente praticarem sua fé. As autoridades da Índia devem levar estes 35 radicais hindus à justiça em Raikashipur", disse Stark.
"Até lá, os direitos de liberdade religiosa na Índia permanecerão apenas no papel e os ataques contra cristãos e outras minorias religiosas continuarão aumentando em número e gravidade", salientou.
Outros grupos de vigilância de perseguição, como a Portas Abertas, alertaram que declarações e ameaças feitas por líderes hindus são apenas preocupações crescentes para os cristãos.
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