No último episódio do podcast Café Com Elas, feito em parceria com o Portal Guiame, a apresentadora Adriane Salvitti recebeu Fabíola Bastos, esposa do cantor Waguinho.
Na conversa, Fabíola relembrou seu testemunho de conversão e como superou uma depressão após conhecer Jesus.
“Eu e meu esposo estávamos separados, e ali eu já vinha desencadeando uma certa depressão. Nós estávamos juntos há uns cinco anos. Eu fiquei trancada dentro de casa. Ali, eu não tinha prazer em pentear o cabelo, tomar banho. Minha mãe que tinha que me dar banho, me dar comida e cuidar do meu filho, que na época tinha um ano de idade”, disse Fabíola.
Nesse período, aos 19 anos, ela contou que começou a ouvir vozes: “Essas vozes começaram a me dizer que não tinha mais jeito na minha vida, que só havia uma forma de resolver aquele problema, acabar com o sofrimento, que era tirando a minha vida”.
“As vozes começaram a dizer que eu não era amada, que acabou pra mim. Por uma questão de abandono paterno da minha infância, aquelas vozes, que hoje eu entendo serem do inimigo, potencializaram minhas feridas. Era uma voz muito real, me instruindo a tirar minha vida”, acrescentou.
Um dia, quando estava decidida a sair de carro e tirar a própria vida, Fabíola ouviu a voz de Deus:
“Essa voz falou: ‘Fabíola, você não pode fazer isso’. Eu não entendi que era Deus, mas era o próprio Deus falando comigo. E eu não consegui pegar a chave do carro, nem tentar o suicídio naquele dia”.
Enquanto isso, seu marido estava no auge da carreira como um integrante do grupo de pagode “Os Morenos”.
Waguinho e Fabíola se conheceram quando ela tinha 15 anos. Hoje, o casal tem dois filhos, Júlio, de 25, e Cainã, de 21.
Assista o episódio completo:
Encontro com Deus
Fabíola lembrou que havia tentado encontrar o Senhor em diversas religiões, mas não teve sucesso. Um dia, uma amiga a convidou para ir em uma igreja.
“Eu já tinha ido com a minha avó, ela era uma mulher de oração, uma mulher de Deus. Ela me levou à igreja dos cinco aos nove anos de idade. Depois, aos nove anos, fui morar longe e nunca mais entrei numa igreja. Mas sempre que a coisa apertava, eu ligava para ela e pedia oração. Minha avó sempre profetizou que um dia eu seria crente e que meu marido louvaria a Deus”, relembrou Fabíola.
E continuou: “Eu lembro que eu dizia: ‘Vó, o Waguinho adora outros deuses. Ele não gosta de crente. Por três vezes, ela disse: ‘Um dia ele vai louvar a Jesus’. Confesso que eu ria disso”.
Fabíola foi a uma reunião de oração com o filho e a mãe, e contou:
“O pastor nunca tinha me visto, mas começou a pregar e disse: ‘Crê no Senhor Jesus Cristo e será salvo, tu e a tua casa’. Eu olhei para minha mãe e vizinha e pensei: ‘Uma das duas contou para ele que minha casa estava destruída’. Ele continuou: ‘O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã’. Eu estava há meses com depressão, passando noites em claro, e pensei: ‘Alguém contou para ele’”.
Após ouvir a Palavra, Fabíola disse: “Jesus, eu creio que tu és o Filho de Deus e creio que seremos salvos, eu e minha casa”.
Naquele momento, ainda vivendo longe do marido, Fabíola relatou que começou a viver uma guerra espiritual, quando descobriu o vício em drogas de Waguinho.
“Decidi que ia buscar pela restauração do meu casamento e pela vida do meu esposo. E lembro de orar a Deus e fazer campanhas. Falei para o Senhor: ‘Eu creio que eu e minha casa seremos salvos’”.
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Conversão de Waguinho
Segundo Fabíola, a conversão de Waguinho não foi rápida, foi um processo que exigiu muita fé.
“Ele ia e voltava. Às vezes, parecia estar conosco, caminhando firme, mas em outras situações, ele recaía. Eu nunca desisti. Graças a Deus, por sua infinita misericórdia, Ele me deu força para continuar. Eu não sou melhor do que ninguém, mas Deus me deu graça de lutar pelo meu marido”, disse Fabíola.
Fabíola contou que tudo começou no dia 30 de outubro de 2000, quando Waguinho estava desaparecido há três dias.
Nós estávamos separados na época, mas ele me ligou dizendo: “‘Fabíola, estou no motel tal. Preciso que você venha aqui’. Pela voz dele, percebi que ele estava drogado. Eu entrei no carro e fiz uma oração: ‘Deus, eu não sei onde fica esse motel, mas o Senhor pode me levar. Naquela época, não havia GPS, mas, de alguma forma, Deus me guiou”, contou ela.
“Quando cheguei no motel, encontrei o Waguinho completamente drogado. Ele estava há três dias ali, cheirando cocaína e bebendo uísque, sem comer ou beber nada saudável. Era uma situação desesperadora. Ele me chamou porque queria se despedir. Ele sentia que estava morrendo”, acrescentou.
Waguinho estava tendo uma overdose e Deus fortaleceu Fabíola para orar por ele naquele momento.
“Enquanto eu orava, ouvi duas vozes. Uma delas dizia: ‘Está vendo? Ele está morrendo, sua oração não adiantou nada’. Era uma voz maligna, tentando me desanimar. Mas, ao mesmo tempo, ouvi a voz de Deus me lembrando de uma promessa: ‘Creia no Senhor Jesus Cristo, e será salvo tu e a tua casa. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã’”, afirmou Fabíola.
Então, Waguinho disse: “Eu já tentei de tudo, não tem mais jeito”. E ela respondeu: “Eu conheço alguém que pode te ajudar, o nome dele é Jesus Cristo de Nazaré”.
E continuou: “‘Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais Ele fará’. Naquele momento, com muita dificuldade, ele levantou uma das mãos e começou a clamar: ‘Jesus! Entra na minha vida, eu quero ser um novo homem’”.
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“Foi um milagre. A língua enrolada, a boca torta, os sinais da overdose desapareceram instantaneamente. Waguinho ficou de pé, começou a pular e gritar: ‘A partir de hoje, eu sou de Cristo’. Jesus o curou naquele momento. Ele, que estava à beira da morte, foi restaurado por completo. Naquele quarto de motel, ele foi liberto. Foi algo sobrenatural. Quem conhece o efeito de drogas como a cocaína sabe que é impossível alguém que está se drogando há três dias ficar limpo em questão de segundos. Mas quando Waguinho clamou o nome de Jesus, ele foi curado instantaneamente”, acrescentou.
A partir daquele dia, Waguinho começou um processo de libertação. Ele ainda tinha contratos para cumprir no meio secular, mas o coração dele já estava entregue a Jesus.
Nesse período, Deus foi transformando a vida dele, e ele foi se dedicando cada vez mais ao Senhor.
“A história de libertação do Waguinho é um verdadeiro milagre. Ele não precisou passar por uma clínica de reabilitação. Enquanto muitas pessoas enfrentam crises de abstinência, ele foi curado de forma sobrenatural. Houve apenas uma vez, logo na primeira semana após a libertação, que ele sentiu uma vontade de usar drogas novamente, mas oramos, e aquele desejo nunca mais voltou”, contou Fabíola.
“Hoje, já se passaram 24 anos desde a sua libertação, e graças a Deus, ele nunca mais recaiu. Foi um processo milagroso, tanto no físico quanto no espiritual. Deus restaurou a vida do Waguinho de uma forma maravilhosa, e agora ele dedica a sua vida totalmente ao ministério”, concluiu.
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