O pastor Franklin Graham, filho do falecido pregador Billy Graham, estava agendado para pregar em um evento evangelístico, realizado em Liverpool, Inglaterra. Porém, o evento não ocorrerá mais.
O evento de Graham, que seria realizado no ACC Liverpool, fazia parte de uma cruzada evangelística maior pelo Reino Unido. As autoridades locais anunciaram na sexta-feira passada (24) que o evento seria excluído da programação, porque as opiniões de Graham - particularmente sua interpretação bíblica do casamento como uma união entre um homem e uma mulher - são "incompatíveis com os nossos valores".
A decisão de cancelar a cruzada de Graham em Liverpool não é surpreendente. Os manifestantes têm repreendido os líderes do local por permitir que Graham compartilhe o Evangelho no espaço.
Um grupo crítico da aparição de Graham no ACC Liverpool foi a "Liverpool Labour Network LGBT", que se referia ao evangelista como "um pregador de ódio homofóbico".
Como Graham respondeu?
Na segunda-feira à tarde, Graham respondeu à decisão do ACC Liverpool.
Ele escreveu uma carta aberta à comunidade LGBTQ no Reino Unido, informando que ele está vindo para a Grã-Bretanha, "não para não condená-los". Pelo contrário, ele está indo para pregar o Evangelho, conforme publicou em sua página do Facebook.
Graham, no entanto, reconheceu que sua visão sobre a homossexualidade é bíblica, o que o leva a considerar a conduta sexual como um pecado.
"A questão, penso eu, é se Deus define a homossexualidade como pecado", escreveu ele. "A resposta é sim. Mas Deus vai mais além disso, dizendo que somos todos pecadores, inclusive eu. A Bíblia diz que todo ser humano é culpado de pecado e precisa de perdão e limpeza. A penalidade do pecado é a morte espiritual, a separação de Deus e de Sua eternidade".
Graham também defendeu o direito à liberdade de expressão e liberdade religiosa. Ele escreveu que não iria ao Reino Unido "para falar contra ninguém" porque o Evangelho "é inclusivo".
"Estou indo para falar em favor de todos", acrescentou. "O evangelho é inclusivo. Não estou saindo com ódio, mas sim com amor. "
O pregador de 67 anos terminou sua carta dizendo que os membros da comunidade LGBTQ são "absolutamente bem-vindos" a participar de um de seus eventos no Reino Unido.
Nos comentários, Graham recebeu muitas mensagens de apoio, incluindo algumas inesperadas nesse contexto. Um rapaz afirmou que é homossexual, mas não se sentia ofendido pelas palavras do evangelista.
"Sou gay e não estou ofendido, mas concordo com Franklin Graham", escreveu.
Arquivo
Em outra ocasião, Franklin foi novamente acusado de adotar um discurso "homofóbico", porém explicou que alertar sobre o pecado não é intolerância, mas sim uma prova de amor.
Graham disse que não se trata de ser contra um grupo de pessoas. Em vez disso, se trata compartilhar a verdadeira liberdade e esperança que surgem de seguir os caminhos de Deus que são esclarecidos na Bíblia.
"Eu não sou anti-gay, não vou falar contra gays, brigar com gays ou qualquer coisa assim, mas certamente não quero que eles forcem sua agenda sobre mim, me obrigado a aceitar que o que eles querem dizer é verdade. Não é. É um pecado. E eu me importo com os gays, os amo o suficiente para avisá-los que devem se arrepender e que se não se arrependerem e não se afastarem de seus pecados, Deus os julgará. E Deus julgará o pecado, se nós somos mentirosos ou ladrões, todos somos pecadores e temos que nos arrepender e deixar de pecar", explicou.
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