Uma pastora do Reino Unido, Chizumie Dyer, disse que alimentou e evangelizou pessoas sem-teto durante a pandemia e que, por isso, foi tratada com uma criminosa pelas autoridades do país.
Em fevereiro deste ano, ela recebeu uma multa de 21 mil dólares, por compartilhar o Evangelho em alguns dos bairros mais difíceis de Nottingham, durante a imposição das regras estabelecidas por conta da Covid-19.
Os advogados do Christian Legal Center (CLC) relataram que, no início deste mês, o Tribunal de Magistrados de Nottingham decidiu a favor da pastora e ordenou que o governo pagasse seus honorários advocatícios.
Justiça feita
Chizumie Dyer agora pode comemorar essa vitória, depois de ter sido severamente punida por realizar uma reunião ao ar livre, representando a igreja para os sem-teto no Reino Unido.
“Sinto-me aliviada. Estou emocionada”, disse Dyer à BBC News. “Estar livre do tribunal é uma grande sensação de alívio. Estivemos na brecha pelos mais vulneráveis quando ninguém mais podia fazer nada”, explicou.
“Estávamos diante de pessoas que precisavam urgentemente do nosso apoio e alguns até disseram que nós tínhamos impedido que eles cometessem suicídio”, revelou.
Assista:
Sobre o culto ao ar livre
Quase 30 moradores de rua participaram de seu culto ao ar livre em fevereiro, onde cantaram, adoraram e desfrutaram de uma refeição quente juntos, de acordo com a CLC.
“Mesmo a pastora Dyer seguindo todas as orientações exigidas enquanto eles se reuniam, o oficial comandante denunciou o culto aos seus superiores, e eles o rotularam como uma reunião ilegal”, disse um dos advogados.
Ele contou que os policiais instruíram para que fossem para o estacionamento da igreja e que todos obedeceram, mas mesmo assim, houve punição.
“Estamos chegando aos sem-teto, viciados em drogas e tratá-los como criminosos foi absolutamente devastador. Fiquei desapontada com a polícia, pois nosso objetivo nunca foi ir contra as regras”, afirmou a pastora.
No final das contas, Dyer tem esperança de que seu caso demonstre o importante papel que o ministério de rua tem entre os desfavorecidos. “Espero que minha história possa mostrar às pessoas o papel vital que o ministério cristão de rua desempenha em nosso país”, concluiu.
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