Fundador da Hillsong pede que igrejas 'tomem uma posição' contra restrições da Covid-19

O pastor Brian Houston incentivou os pastores a se levantarem contra as restrições aplicadas às igrejas, enquanto as regras em outros locais tem sido afrouxadas.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: sexta-feira, 23 de outubro de 2020 às 13:09
Brian Houston é pastor sênior da Igreja Hillsong, com sede na Austrália. (Foto: Hillsong Church)
Brian Houston é pastor sênior da Igreja Hillsong, com sede na Austrália. (Foto: Hillsong Church)

O pastor Brian Houston, fundador da Igreja Hillsong, incentivou os líderes cristãos a se levantarem contra as restrições aplicadas às igrejas na Austrália devido à Covid-19, enquanto as regras em outros estabelecimentos tem sido afrouxadas.

“É hora dos líderes da igreja se unirem para tomar uma posição. Estamos todos comprometidos em manter as pessoas seguras, mas parece que as igrejas não estão sendo nem consideradas para um alívio das restrições”, disse Houston na segunda-feira (19), em uma série postagens no Instagram.

De acordo com as diretrizes atuais de Nova Gales do Sul, estado no sudeste da Austrália, os cultos religiosos não podem ter mais de 100 participantes. Por outro lado, a partir de dezembro, os casamentos podem ter até 300 convidados. 

Os eventos de hotelaria podem receber no máximo 500 pessoas sentadas ao ar livre, além da liberação de eventos esportivos. “Está chegando ao ponto em que é discriminação”, disse Houston.

O pastor enfatizou que a Hillsong, uma das maiores da Austrália, tem seguido todas as orientações de segurança sobre a Covid-19 e esclareceu que não está pedindo permissão para “lotar” as igrejas, mas sim, coerência no que diz respeito às restrições. 

“Claro, assistindo ao futebol e eu vejo as pessoas torcendo, se abraçando, cuspindo, batendo as mãos etc., o número de eventos comunitários está crescendo, mas não houve absolutamente nenhuma mudança nas igrejas”, disse Houston ao Today Show, uma programa de TV exibido na Austrália. 

“Você pode ter 300 pessoas dentro de casa para um casamento. Mas você não pode ter nada parecido, 100 pessoas dentro de lugar, obviamente com distanciamento social, não importa o tamanho do prédio”, disse ele. 

O pastor também enfatizou o quanto a igreja é essencial, já que um número crescente de pessoas está lutando contra a depressão, ansiedade e outros problemas de saúde mental em meio à pandemia. 

“A saúde mental, como todos sabemos, e a saúde em geral, o bem-estar, é uma grande questão. O isolamento não ajuda em nada. A igreja, parte do que fazemos, é comunidade e conexão. Eu conheço muitas pessoas que desejam apenas esse senso de comunidade e conexão”.

Reabrir ou fechar?

As igrejas ao redor do mundo têm discutido como operar em meio às ordens de fechamento e reabertura por causa da pandemia. Na Califórnia, o pastor John MacArthur continuou com os cultos na Grace Community Church, apesar da oposição do governo. 

MacArthur alegou que as igrejas tem sido fechadas, enquanto empresas e protestos do Black Lives Matter e têm permissão para atuar. 

Em contraste, o pastor Andy Stanley, da North Point Community Church, em Atlanta, continua suspendendo os cultos presenciais, dizendo que permanecer fechado é “melhor para a comunidade”. 

Ed Young, fundador e pastor sênior da Fellowship Church, cuja igreja foi uma das primeiras a reabrir no Texas à medida que as restrições diminuíram, disse ao The Christian Post que a adoração presencial é importante para Deus e “deve ser importante para o corpo de Cristo”.

“Quero aplaudir as igrejas que estão reabrindo e encorajaria aqueles que não estão a realmente pensar por que não estão reabrindo”, disse Young. “Algo sobrenatural acontece quando nos reunimos fisicamente em uma casa de adoração. Acredito que o risco de não nos encontrarmos é maior do que o risco de nos encontrarmos”.

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