“A gente sempre espera que o outro vá, mas o outro somos nós”, diz missionária

Priscila Carvalho deixou Brasília para morar em Palmas com a missão de plantar igrejas em regiões carentes.

Fonte: Guiame, Karlos AiresAtualizado: sexta-feira, 21 de julho de 2017 às 20:29
Priscila Carvalho recebeu o chamado de Deus para atuar como missionária. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Corrêa).
Priscila Carvalho recebeu o chamado de Deus para atuar como missionária. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Corrêa).

Ela mora em Brasília. Aliás, morava. Agora, a cantora Priscila Carvalho reside em Palmas, no Tocantins e o motivo dessa mudança é simples: ser missionária. A jovem de 25 anos acabou de lançar seu primeiro CD com nove canções compostas por ela, mas não quis parar para contemplar esse “filho”. No dia 12 de julho ela arrumou as malas e partiu com sua família.

“Eu vou morar com a minha família, esposo e filhas. Eu fui para Tocantins pela primeira vez em março deste ano onde eu conheci o trabalho da missionária Margarida Lemos Gonçalves. Ela tem um legado muito lindo lá de missões, que ficou parado depois que ela faleceu. Eu vi que o espaço onde ela atuava ficou vazio. Além de ter amado o trabalho que ela fez eu me identifiquei muito com a carência daquelas pessoas. Eles estão muito sedentos e nós temos  o que eles precisam”, contou em entrevista exclusiva para o Portal Guiame, durante a Expoevangélica 2017.

“A gente sempre espera que o outro vá, que o outro faça, mas o outro somos nós. O chamado é para nós. Então quando eu vi a necessidade e que poderia ajudar, eu não precisava saber de mais nada, era eu mesmo. Eu e minha família oramos e colocamos o nosso coração. Deus abençoou esse propósito e em menos de quatro meses, desde a primeira visita, eu estou indo com a família para atuarmos na reestruturação de igrejas carentes”, comentou.

Reestruturação de igrejas

Priscila deu mais detalhes sobre como será seu trabalho na região carente. “A gente vai morar em Palmas, mas vamos atuar no interior. A gente vai trabalhar na reestruturação de igrejas em comunidades carentes, além de abrir novos pontos de pregação. Nas cidades do interior, onde o tem povo, mas não tem igreja. Tem povo mas não tem pastor”, disse.

“A gente quer ajudar no que precisar. Estar disponível, mas temos inicialmente duas cidades que já tem trabalhos aguardando. A cidade de Lajeado e de Tocantinha que fica a 70 Km de Palmas, que é onde vamos atuar inicialmente”, ressaltou.

Questionada sobre como irá sobreviver financeiramente, ela responde: “Eu sou servidora pública. Então, vou trabalhar durante a semana e a noite e nos finais de semana a gente vai focar na missão. Mas, eu já estou pedindo redução na minha jornada de trabalho pois quero me preparar para servir melhor. Vou entrar agora em um seminário de teologia. Meu esposo também vai”, contou.

“Sou mãe, esposa, servidora pública, cantora, missionária, pregadora. Estou gastando o melhor dos meus dias com o melhor possível. Eu disse para Deus que eu queria me gastar. Se eu morrer de cansada eu morri feliz. Eu quero dar mesmo o melhor dos meus dias, talento, intelecto disponibilidade, força, juventude, voz, inspiração, tudo. Veio Dele e que volte pra Ele”, pontuou.

Sobre o disco

Priscila ainda falou sobre o disco que lançou recentemente. “A minha inspiração é sempre para canções mais lentas. As nove composições são minhas e todas nessa linha. A primeira canção que eu compus foi a sete anos atrás e eu não tinha interesse em gravar CD. Eu dizia: ‘Tem cantor demais. Falta o que precisa e sobra o que não precisa’. Porque se for olhar talento, sempre tem um milhão de pessoas que cantam melhor do que eu”, disse.

“Eu posso gravar se eu souber que é a vontade Dele, não eu me projetando e usando um ministério para benefício próprio. Depois de sete anos Ele fez uma reviravolta na minha vida e me colocou diante de uma pessoa que me disse: ‘Eu vou gravar seu CD’. Então, esse disco tem músicas de sete anos atrás e teve uma música que eu compus um dia antes de ir para o estúdio. E a última eu compus quando o CD já estava fechado, que foi inspirada no testemunho dessa missionária”, finalizou.

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