Governo chinês assume o controle da ordenação de bispos na Igreja Católica

A Associação Patriótica Católica Chinesa e a conferência dos bispos anunciaram que irão ordenar bispos apenas “sob a liderança do governo" e converter o clero não registado à Igreja Aberta.

Fonte: Guiame, com informações de Christian TodayAtualizado: sexta-feira, 4 de março de 2016 às 13:21
A ordenação dos bispos passa a estar sob controle do Estado. (Foto: Reuters)
A ordenação dos bispos passa a estar sob controle do Estado. (Foto: Reuters)

A Igreja Católica da China decidiu, em parceria com o governo do país, que a ordenação dos bispos passa a estar sob controle do Estado.

A Associação Patriótica Católica Chinesa e a conferência dos bispos anunciaram que irão ordenar bispos apenas “sob a liderança do governo" e converter o clero não registado à Igreja Aberta, de acordo com o site de notícias UCA.

A Igreja Aberta exige que seus membros se juntem à Associação Patriótica, uma organização controlada pelo governo que surpevisiona a igreja-estado. Isso fez com que muitos líderes da igreja subterrânea recusassem a participação por medo de interferência do governo.

A reunião, convocada pelo bispo Dom Joseph Ma Yinglin, foi realizada em Pequim. O bispo, que foi ordenado pelo governo, recebeu funcionários da Administração Estatal para os Assuntos Religiosos (SARA) e da Frente Unida de Trabalho do Departamento do Partido Comunista, que controla todas as atividades religiosas oficiais na China.

Comentando sobre a atual situação da Igreja Católica na China, o Vaticano disse que as ações "manifestam uma atitude repressiva em relação ao exercício da liberdade religiosa."

Condenando o poder de ordenação entregue ao governo chinês, a organização International Christian Concern disse: "A China está tentando controlar o cristianismo de duas maneiras: demolindo a imagem cristã e prendendo líderes para forçá-los a entregar o controle da igreja nas mãos do governo."

Nos últimos dois anos, as autoridades da província de Zhejiang, na costa leste da China removeu mais de 1.200 cruzes das igrejas, e muitas outras foram destruídas. Um grande número de pastores e advogados de direitos humanos também foi detido.

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