Helena Tannure escreve sobre o evangelho 'goiaba sem bicho'

Helena Tannure escreve sobre o evangelho 'goiaba sem bicho'

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:09

 

Quando eu era criança, em minha casa havia uma pequena goiabeira. Não me lembro de alguém tê-la plantado ali, em um pedacinho de chão agarrada ao muro que separava nosso quintal do quintal do vizinho, mas lá estava ela!
 
Aguardávamos com grande expectativa o aparecimento dos frutos que, para surpresa de todos, eram extraordinários! Goiabas enormes e extremamente saborosas que saciavam nosso curioso paladar infantil. Apenas uma goiaba era suficiente para deliciar a mim e meus dois irmãos!
 
Ao longo de toda a estação, tínhamos de três a seis goiabas. Parece que todo o esforço se concentrava nos escassos, porém perfeitos, frutos!
 
Tenho conhecido muitos ministérios e nessa minha nova jornada ouço muitas coisas, relatos que me encorajam a prosseguir e notícias que jamais desejaria saber.
 
O fato é que no pomar de Deus existem muitas árvores, uma enorme diversidade de cores, sabores e frutos.
 
Algumas são árvores imponentes, majestosas, abarrotadas de frutos mas, quando contempladas de perto, revelam muitas pragas e frutos podres. Outras, como a goiabeira da minha infância, pequenas, crescendo junto a muros de religiosidade ou indiferença, mas extraordinárias, produzindo frutos robustos e saudáveis, deliciando e alimentando a quem precisa!
 
Quanto mais conheço Jesus, sua doçura e simplicidade, mais sinto nojo do desvirtuamento que o evangelho vem sofrendo e de pessoas que usam as boas novas para beneficio próprio e, em nome dos “frutos”, se julgam aprovados pelo Jardineiro.
 
É tempo de refletirmos sobre os frutos que estamos gerando e nos sujeitarmos às podas necessárias para que geremos mais frutos saudáveis de acordo com a vontade de Deus!
 
Não me refiro apenas à frutos de salvação e restauração de vidas, mas, principalmente, aos frutos do caráter.
 
Usura (lucro exacerbado), falcatruas, tráfico de influencia, abuso de autoridade, soberba, falsa modéstia, suborno, bajulação, desvio de dinheiro, hipocrisia… Estas são algumas pragas que têm apodrecido os frutos de frondosas árvores!
 
É tempo de acordar, Igreja!
 
Que o Senhor do Pomar tenha a misericórdia de podar e, se for necessário, cortar completamente aqueles que têm se levantado como escândalo.
 
Mas não se apresse em julgar outras árvores, comece consigo mesmo.
 
 
 
por Helena Tannure
via blog pessoal
 

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