Homem foi eletrocutado na China por ser cristão: "Sobrevivi por causa da minha fé"

Li Heping confessou que as torturas da prisão o levaram a pensar em suicídio, mas sua fé em Jesus o ajudou a se manter firme.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quinta-feira, 1 de junho de 2017 às 20:08
Vários outros advogados também se apresentaram detalhando os abusos que sofreram. (Foto: Reprodução).
Vários outros advogados também se apresentaram detalhando os abusos que sofreram. (Foto: Reprodução).

Um grupo que monitora os abusos cometidos contra os direitos humanos, sofridos por cristãos que estão debaixo do regime do presidente chinês Xi Jinping, compartilhou detalhes sobre algumas das atrocidades que um advogado cristão sofreu na prisão.

Bob Fu, fundador e presidente da China Aid, lembrou as palavras de seu amigo, Li Heping, em um artigo no The Wall Street Journal na última segunda-feira (29): "Houve momentos em que eu queria cometer suicídio. Sobrevivi por causa da minha fé cristã, a valente defesa de minha esposa e a atenção da comunidade cristã internacional".

Bob diz que Li Heping sofreu uma "tortura sádica" nas mãos das autoridades do Partido Comunista por ousar falar contra os abusos dos direitos humanos na China. Li foi preso ao lado de outros 250 advogados no dia 9 de julho de 2015, como parte de uma grande repressão ordenada por funcionários chineses, a conhecida “709 Crackdown”.

Os advogados sofreram confinamento em lugares separados, espancamentos, choques elétricos, privação de sono, além de serem imobilizados em posições que gerassem cansaço e estresse.

Confissão pública televisiva

Li explicou que ele era drogado com substâncias desconhecidas ao ser "diagnosticado" com pressão alta. Ele era forçado a tomar seis comprimidos por dia durante quase dois anos. Bob Fu argumentou que o presidente Xi "procurou evitar a rede chinesa de advogados de direitos humanos, além de defensores dos direitos humanos, considerando seus esforços pacíficos na reforma legal como uma ameaça à segurança nacional".

"O Sr. Xi (o presidente) instituiu novamente a prática maoísta da confissão pública televisiva e abraçou um sistema de tortura tão horrível que isso exige uma resposta internacional", acrescentou o fundador da China Aid.

Ele observou que vários outros advogados também se apresentaram detalhando os abusos que sofreram, como Li Chinfu, que desde então foi diagnosticado com esquizofrenia após ter sido medicado de modo forçado.

Trump X Obama

Bob Fu disse que o presidente dos EUA, Donald Trump, tem feito mais do que seu antecessor, Barack Obama, na luta pelo direito humano na China, como autorizar o resgate da esposa e duas filhas de outro advogado, Xie Yang, em uma fuga para a Tailândia em fevereiro.

Fu insistiu que, enquanto alguns foram resgatados, outros advogados permanecem "na prisão e estão em perigo de tortura. Não podemos esquecê-los. O silêncio pode significar a morte deles". Cerca de 100 milhões de pessoas, incluindo cristãos protestantes, enfrentam níveis de perseguição "altos" ou "muito altos" na China, segundo um relatório da Freedom House, em março.

O governo ateísta tem agredido não apenas advogados, mas cristãos de todos os tipos, especialmente denominações não apoiadas pelo governo, como uma ameaça à sua autoridade. Fu disse ao The Christian Post em entrevistas anteriores que o presidente Xi poderia fazer tentativas de diplomacia com líderes ocidentais, incluindo líderes religiosos importantes.

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