Homem sobrevive a tiro do Boko Haram por não negar Jesus: “Sou cristão até a morte”

Habila Adamu e sua família foram os únicos sobreviventes de um ataque a casas de cristãos, em 2012 na Nigéria.

Fonte: Guiame, com informações de The Voices of the MartyrsAtualizado: sexta-feira, 14 de janeiro de 2022 às 17:33
Habila Adamu e sua família foram os únicos sobreviventes do ataque, na Nigéria. (Foto: The Voices of the Martyrs).
Habila Adamu e sua família foram os únicos sobreviventes do ataque, na Nigéria. (Foto: The Voices of the Martyrs).

Numa noite de novembro de 2012, o cristão Habila Adamu e sua família foram acordados com batidas na porta de sua casa simples, no norte da Nigéria. Do lado de fora, homens ordenaram, aos gritos, que todos saíssem da residência.

Eram cerca de 23 horas, o cristão se levantou rapidamente. Ele, sua esposa Vivian e o filho se depararam com extremistas do Boko Haram invadindo sua sala. Os radicais usavam mantos e máscaras e apontavam um fuzil AK-47.

Depois de anunciarem que estavam ali à serviço de Alá, eles começaram a interrogar Habila, perguntando seu nome, onde trabalhava e se era muçulmano ou cristão. “Sou cristão”, respondeu ele. 

Os extremistas disseram a Habila que estavam dando a oportunidade dele viver com a condição de que se tornasse muçulmano e declarasse a shahada, a profissão de fé islâmica: "Não há deus além de Alá, e Maomé é seu mensageiro”. Os militantes ainda convidaram o cristão para entrar para o grupo terrorista Boko Haram.

Habila já havia orado em Espírito e estava preparado para morrer por Cristo. “Sou cristão e sempre serei cristão, até a morte”, respondeu. 

Se voltando para Vivian, um dos homens disse: “Se seu marido não cooperar conosco, você o verá morrer”. A esposa chorou de medo, com a certeza que seu marido seria assassinado. 

Morrer é um grande ganho

Os extremistas repetiram sua oferta ao cristão e ele recusou pela segunda vez. “Não se preocupe. A morte de um cristão é um grande ganho, não uma perda”, disse Habila à esposa, com o fuzil apontado para sua cabeça.

Os homens ordenaram que Vivian trouxesse todo dinheiro que tinha em casa. A cristã procurou objetos de valor e o pouco de dinheiro que a família tinha, na esperança de que seu marido fosse poupado da morte. 

Mas, não foi o que aconteceu. O militante, que estava com a AK-47, colocou a arma perto da boca de Habila e disse: “Já que você se recusa a se tornar um muçulmano, aqui está sua recompensa!”, afirmou, apertando o gatilho. 

O cristão caiu no chão, sangrando. Vivian gritou de desespero. “Cala a boca, mulher! Se você tentar obter ajuda, vamos encontrá-lo e matar você e seu filho”, gritou um dos homens. Eles chutaram o corpo para verificar se havia morrido, cantaram “Allahu Akbar [Allah é grande]!” e foram embora.

Minutos se passaram e uma poça de sangue se formou em volta do corpo de Habila. Vivian chorava pelo marido, quando ele sussurrou: “Ainda estou vivo. Por favor, peça ajuda”. Ela se levantou rapidamente e correu para pedir ajuda. 

Os radicais haviam trancado o portão do pátio e a mulher teve dificuldades para abrir. Quando conseguiu destrancá-lo, Vivian correu até seu vizinho, que chamou a polícia. O socorro demorou a chegar e Habila só chegou ao hospital no dia seguinte pela manhã.

Únicos sobreviventes de ataque

Durante este ataque de novembro de 2012, o Boko Haram invadiu mais de 30 casas de membros da igreja que Haliba, na Nigéria. Todos os cristãos se recusaram a deixar Jesus e foram mortos. A família de Haliba foi a única que sobreviveu ao ataque.

Milagrosamente, o cristão sobreviveu aos ferimentos, depois de ser transferido para vários hospitais. Analisando seu quadro de saúde, um médico declarou que ele apenas sobreviveu graças a Deus.

Após o ataque, o cristão tem compartilhado seu testemunho e disse que perdoa e ama os criminosos que tentaram lhe matar. “Cristo morreu por nós. Ele nos ama. É por isso que devemos mostrar esse amor às pessoas que nos odeiam”, explicou Haliba.

E concluiu: “Desde aquele dia, eu oro a Deus: 'Senhor, os perdoe’. Minha oração é que sejam salvos e não sejam condenados. Amo eles. Se eu tiver a oportunidade de vê-los, vou abraçá-los e orar por eles”.



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