O militante do Estado Islâmico, que aparece em muitos dos vídeos em que reféns ocidentais são decapitados, foi identificado. Ele é Mohammed Emwazi, de 26 anos, com nacionalidade britânica. Ele foi apelidado pela imprensa de "Jihad John", e teve sua primeira aparição vídeo do assassinato do jornalista americano James Foley.
O nome foi publicado ontem (26) pelo jornal The Washington Post, com árduos esforços da inteligência britânica e americana para ser descoberto.
Emwazi chegou na Grã-Bretanha aos seis anos, depois de ter nascido no Kuwait. Ele cresceu em Londres e era conhecido como um jovem bem educado.
Conhecidos dizem que Emwazi gostava de se vestir com roupas elegantes, mas permaneceu um muçulmano praticante – barbudo e cuidadoso para não ter contato visual com as mulheres.
Em 2009, concluiu a faculdade de tecnologia da informação. Fluente em árabe, em vez de construir uma carreira em sua formação, ironicamente, Emwazi entrou no Serviço de Segurança Britânico, o MI5.
Investigações
No mesmo ano, ao passar férias na Tanzânia, Emwazi foi detido por agentes de segurança durante o desembarque e mantido preso durante a noite. Depois ter a entrada para a Tanzânia recusada, foi enviado para a Holanda, acusado por um agente do MI5 de querer lutar pelo grupo militante al-Shabaab, na Somália.
Em 2010, ele chegou a fazer uma reclamação na polícia sobre o tratamento que estava tendo no serviço, alegando ser perseguido e intimidado. A inteligência britânica, no entanto, nega a participação de Emwazi no MI5.
Em setembro do ano passado, o MI5 e o FBI já haviam identificado Emwazi como o assassino mascarado. Eles não publicaram seu nome por causa do impacto que sua identificação poderia ter sobre os reféns detidos pelo Estado islâmico. Outro motivo foi a preocupação com a segurança da família de Emwazi no Reino Unido, em casos de retaliação.
Mais tarde, Emwazi decidiu se mudar para o Kuwait, onde conseguiu emprego em uma empresa de informática. Voltou a Londres duas vezes, para concluir os planos de se casar com uma mulher, no Kuwait. Ao retornar para o Kuwait, polícia o deteve mais uma vez, e Emwazi ficou indignado.
Amigos de Emwazi disseram que sua situação em Londres o deixou desesperado para sair do país. Não está claro como ele chegou na Síria, em 2012. Depois disso, se juntou ao Estado Islâmico.
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