Programa de alfabetização para pessoas da terceira idade foi lançado ontem pela Igreja da Lagoinha no Brasil, que conta com mais de 40 mil membros.
O Brasil, que está crescendo nos índices de alfabetização da população, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) de 2008 com registros de 90,04% de alfabetizados, ainda possui índice de analfabetização na terceira idade alta. Na última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000, o índice era ainda de 37,98% para pessoas com 65 anos ou mais.
Marcos Vilar, um dos idealizadores do projeto, disse em entrevista que o projeto considera o aumento populacional de idosos no Brasil, e em especial em Belo Horizonte, que possui a sexta com maior população de idosos no país. A iniciativa foi dada também observando as necessidades de idosos na própria Igreja que possui cerca de 4 mil membros idosos.
Segundo ele, muitos idosos iam com a Bíblia para o culto mas não chegavam a abrí-la.
Boa parte deles sofriam com esse processo de analfabetismo. Tinha idosos que levavam a Bíblia para o culto, e nem sequer abriam a Bíblia.
Marcos comenta que a visão é unir a alfabetização com inclusão na sociedade, tirando os idosos do sedentarismo. Ele, que é Geógrafo pela Universidade Federal de Pernambuco, menciona que o projeto tem a função de não só alfabetizar, mas também de conscientizar os alunos da importância de serem ativos na sociedade, a fim de transformá-la.
O programa do Ministério Melhor Idade é coordenado também por Jemima Maia Cordeiro, que reafirma também que ele visa oferecer a esse público, não só a chance de aprender a ler e escrever, como também melhores oportunidades de inclusão na sociedade.
Entendo que a alfabetização é mais do que aprender a ler e escrever. É fazer com que a pessoa sinta-se um participante da sociedade, disse Jemima, que é também Terapeuta Ocupacional com especialização em saúde mental.
Marcos enfatiza que o trabalho possui o diferencial de ser baseado em princípios Bíblicos.
Todas as palavras utilizadas e todos os textos utilizados pelo professor da sala de aula vão ser palavras e textos que estarão ligados a princípios bíblicos. disse ele.
E acrescenta, Associamos o método à introdução de princípios bíblicos, para termos um mecanismo efetivo de transformação social.
Estamos usando um método Paulo Freire, um sociólogo e pedagogo de Pernambuco que alfabetizou bóias-frias em pernambuco, em três meses.
Segundo Marcos, o projeto é aberto a toda a população adulta, evangélica ou não evangélica, e está servindo como uma estratégia de evangelização também. A Igreja nao tem que se limitar à fé, diz ele. A fé quando passa das quatro paredes e atua como transformação social levando melhoria da qualidade de vida das pessoas, vamos estar fazendo na verdade aquilo que Jesus Cristo fez.
É uma maneira em que as pessoas sejam evangelizadas por suas próprias experiências de vida. O professor irá passar sua própria experiência de vida ao aluno, disse Marcos. E acrecentou, mostrando o que seria verdadeiramente amar o próximo, comentando que todos os professores e colaboradores são voluntários da Igreja.
O outro diferencial que Marcos destacou é que dentro do projeto educacional no Ministério, existe também projeto que é o da terapia ocupacional para a melhor idade.
Segundo ele, o professor será capaz de estar atento às necessidades do aluno que possam ser acompanhadas com terapia ocupacional, como por exemplo, necessidades motoras e psicossomáticas. Eles receberão acompanhamento paralelamento à sala de aula.
Márcio Valadão, o Pastor presidente da Igreja, indicou a idéia para que se possa produzir transformação social a partir da igreja.
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