Igreja Episcopal decide não chamar Deus de ‘Ele’, em apoio à ideologia de gênero

Com a nova resolução, a Igreja Episcopal em Washington (EUA) pretende acolher mais transgêneros cristãos na denominação.

Fonte: Guiame, com informações de Christian NewsAtualizado: terça-feira, 6 de fevereiro de 2018 às 14:59
Mariann Edgar Budde, bispa da Diocese Episcopal de Washington. (Foto: Lisa Helfert/Episcopal Diocese of Washington)
Mariann Edgar Budde, bispa da Diocese Episcopal de Washington. (Foto: Lisa Helfert/Episcopal Diocese of Washington)

A Igreja Episcopal em Washington, nos Estados Unidos, decidiu formalmente eliminar todas as referências do gênero masculino a Deus em seu Livro de Oração, com o objetivo de ampliar o movimento da ideologia de gênero dentro das igrejas.

A resolução foi aprovada durante a 123ª Convenção da Diocese Episcopal de Washington tendo poucas pessoas na oposição, de acordo com o diretor de comunicação da igreja, Richard Wosson Weinberg.

“Ao expandir nossa língua para se referir a Deus, vamos expandir a nossa imagem sobre Deus e a natureza de Deus”, disse Weinberg. “Nosso novo Livro de Oração precisa refletir a língua do povo e da nossa sociedade”.

Em comunicado, a diocese afirmou que a nova resolução pretende assegurar que os transgêneros se sintam acolhidos como irmãos em Cristo. “Os transgêneros cristãos estão à procura de uma conexão com Deus dentro de uma comunidade de amor, onde podem adorar e trabalhar pela igualdade e justiça”, alega.

“Infelizmente, muitas pessoas transexuais são deixadas sem um local de culto, porque as congregações não estão prontas para recebê-las como companheiras cristãs”, acrescenta a denominação.

Além de condenar a violência contra os transgêneros, a resolução também pede que todas as igrejas removam obstáculos “à plena participação na vida congregacional, tornando todas as atividades específicas de gênero totalmente acessíveis, independentemente da identidade de gênero e expressão”.

Em 2015, um grupo de mulheres da Igreja da Inglaterra passou a se referir a Deus como “ela” durante a liturgia, alegando que mencionar Deus unicamente pelo pronome masculino é sexista.

No entanto, o movimento também atraiu muitas críticas. “A torção proposta da linguagem não vai fazer nada para impedir o declínio da fé cristã no país. Pelo contrário, vai fazer adoradores se contorcer. E nada esvazia bancos mais rápido do que isso”, disse na época o jornalista Damian Thompson no jornal britânico Daily Mail.

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