Igrejas evangélicas se unem em caminhada contra a exploração sexual infantil em Fortaleza

A campanha iniciou em 2010 com o mote da Copa do Mundo e a ideia era desenvolver uma ação em alusão ao evento mundial na situação da exploração sexual no turismo.

Fonte: Guiame, Karlos AiresAtualizado: quarta-feira, 25 de maio de 2016 às 14:44
Promovida pela Rede Evangélica Nacional de Assistência Social (Renas), o evento reclamou a relevância do tema para toda a sociedade. (Foto: Karlos Aires).
Promovida pela Rede Evangélica Nacional de Assistência Social (Renas), o evento reclamou a relevância do tema para toda a sociedade. (Foto: Karlos Aires).

Igrejas evangélicas de Fortaleza se uniram no último domingo (22) em uma caminhada contra a exploração sexual infantil. Promovida pela Rede Evangélica Nacional de Assistência Social (Renas), o evento reclamou a relevância do tema para toda a sociedade em vista do “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”.

Jailma Rodrigues é assistente social e coordenadora da campanha Bola na Rede que atuou na caminhada. Em entrevista exclusiva para o Portal Guiame, ela contou mais detalhes. “Essa caminhada é promovida pela Renas, que aqui em Fortaleza reúne várias instituições e igrejas, como por exemplo a visão mundial, Diaconia, a Jocum, a Luminai, a Compassion e outras”, disse. “E essas instituições todas se juntam durante o ano inteiro para programar essa ação e outras ações que a gente faz durante o ano”, contou.

“Algumas instituições não evangélicas também estão com a gente, mas a organização é feita por uma rede evangélica”, disse.

Ainda de acordo com a coordenadora, a campanha iniciou em 2010 com o mote da Copa do Mundo. “Nos começamos essa campanha em 2010 e a ideia era desenvolver uma campanha em alusão a copa do mundo na situação da exploração sexual no turismo”, revelou.

“Então nos finalizamos a campanha em 2014 com a copa do mundo com grupos de sensibilização nos bolsões de estacionamento, no Fifa FanFest da Praia de Iracema e em vários outros lugares. Mas nós decidimos continuar com a campanha por entender que infelizmente é uma violência que não se acaba, que não é dado baixa e que infelizmente o poder público não faz a sua parte, não tem uma responsabilidade de uma forma efetiva”, comentou.

Questionada sobre o fato de a igreja estar envolvida nesse tema, Jailma explica: “A nossa Constituição Federal diz que a responsabilidade com crianças e adolescentes é do Estado, da família e da sociedade. Então é de responsabilidade de toda a sociedade proteger essas crianças e adolescentes. Por isso que é importante que a sociedade como um todo se sensibilize e traga para si a responsabilidade de ficar de olho, de denunciar, de fazer o que tiver ao seu alcance pra defender crianças e adolescentes, especialmente no que diz respeito à violência sexual”, salientou.

Jailma Rodrigues é assistente social e coordenadora da campanha Bola na Rede. (Foto: Karlos Aires).

Uma igreja que se levanta

Priscila Costa é apresentadora e líder na Assembleia de Deus Bela Vista. Representante da causa contra o aborto e a exploração sexual, ela comenta porque a igreja precisa levantar a voz sobre o tema. “É importante a igreja se levantar, porque a igreja foi estabelecida para sempre estar de pé! Sobre a defesa das crianças não é diferente, e eu diria que nossa luta é muito mais ideológica do que física”, disse em entrevista para o Portal Guiame.

“Estamos vivendo um tempo, onde as ideias patrocinadas pelo nosso próprio Governo, são ideias que vem deformar e confundir a identidade das crianças. A fragilidade causada por toda essa violência mental e emocional, abre caminhos ainda mais desastrosos para a possibilidade de uma violência sexual. Acabou o tempo da igreja se dar o luxo de manter-se dentro de suas questões institucionais, o mundo clama por esperança, e é a voz da igreja que a anuncia”, pontuou.

"É importante a igreja se levantar, porque a igreja foi estabelecida para sempre estar de pé", afirma Priscila.

Segundo Priscila, a igreja pode causar um impacto positivo quando ela se manifesta publicamente. “A mensagem de Vida que Cristo trás para todos, ela já impacta por si, o papel do Cristão é manifestar essa mensagem, ocupando espaços na sociedade e falando em defesa das crianças. Nossa geração não precisa de uma igreja calada e acuada em suas paredes, o mundo precisa de uma igreja que fala, sabe com quem fala e sabe por que fala”, acrescentou. “Em todos os meios, na política, nas artes, no direito, na mídia, e todos os espaços que ocupemos, devemos usar também, como nossa plataforma em defesa da vida das crianças”, finalizou.

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