Durante um episódio do podcast “Ask Pastor John”, o pastor e teólogo John Piper foi questionado por um ouvinte sobre a relação do feriado nacional nos EUA sobre o Dia de Ação de Graças com o texto bíblico de Romanos 1.21: “Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram.”
O ouvinte disse que tem dúvidas sobre o quanto a ingratidão pode ajudar as pessoas a entender o pecado, enquanto a ação de graças pode moldá-las na trajetória de suas vidas.
“O que ocorre é que a humanidade está sob a justa ira de Deus, de modo que Ele nos entrega a uma degradação cada vez maior e vemos isso acontecendo ao nosso redor”, explicou Piper.
“No meio desta terrível descrição da nossa condição humana, Paulo menciona a alternativa positiva àquelas trevas, à tolice, à futilidade e à supressão da verdade — glorificar e agradecer a Deus precisamente como Deus. É isso que falta e isso mudaria tudo”, resumiu.
‘Ingratidão é falta de humildade’
O teólogo reforçou a ideia da função da gratidão: “Quando agradecemos a Deus, estamos mostrando que ele é glorioso. Ninguém pode verdadeiramente glorificar a Deus com um coração ingrato”.
Além disso, Piper explicou que existe uma diferença entre agradecer e glorificar. “São realidades que se sobrepõem. Existem maneiras de sentir, pensar e agir que glorificam a Deus, mas não as chamaríamos de gratidão”, disse.
“A realidade de glorificar a Deus é mais ampla. É uma realidade maior do que agradecer a Deus. Agradecer a Deus é só uma das formas de glorificá-lo”, esclareceu.
Sobre os motivos de gratidão, Piper exemplificou: “Para onde quer que o ser humano olhe, seja céu, floresta, montanhas, rios, mares, terra, família, tudo isso, para onde quer que você olhe existe a Criação de Deus, que é uma dádiva. Tudo é um presente Dele para nós e a ação de graças é nossa forma de gratidão”.
Gratidão guiada por Deus
Para o pastor, quando a gratidão é orientada em Deus, é uma experiência profunda e poderosa.
“Por isso Paulo explica que na falta da gratidão, os pensamentos das pessoas se tornam fúteis e os corações obscurecidos. Essa é uma descrição terrível”, comentou.
Para finalizar, Piper disse que a ingratidão é a ausência de humildade, de dependência e de confiança em Deus. “Essa é uma forma de descrever a escuridão, a loucura e a futilidade dos nossos tempos”, concluiu.
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