Líderes cristãos brasileiros que visitaram a Universidade de Asbury, no Kentucky, Estados Unidos, estão relatando o que testemunharam com seus próprios olhos no avivamento que acontece desde a semana passada.
O missionário e ministro de louvor André Aquino, que mora nos Estados Unidos e estava em uma cidade próxima quando o avivamento em Asbury se acendeu, foi com a família até a universidade participar da reunião.
Em vídeo no Instagram, ele compartilhou o que experimentou no movimento. “A coisa que mais chamou minha atenção no mover do Senhor em Asbury é que lá não havia nenhum nome famoso. Ninguém estava lá por agenda, ninguém estava lá para postar que estava em um avivamento”, afirmou.
Nos stories, ele ainda destacou: “Não havia nenhuma liderança de fala durante as 4 horas que passamos lá. Não havia ninguém animando o público: ‘Vamos lá galera, levanta as mãos’. Às vezes tinha um silêncio de 1 minuto e meio, sem ninguém tocando. Todo mundo adorando, orando, em silêncio, alguns em voz alta”.
O líder explicou que o avivamento de Asbury não é um mover com barulho, mas um derramar silencioso de arrependimento.
“Não é um avivamento de barulho, não é um avivamento de fogo. O avivamento vem de maneiras diferentes do que a gente espera. Era um avivamento de arrependimento, de devoção, de entrega. Você não via ninguém lá fazendo túnel de fogo, gente caindo, gente tremendo. Você via pessoas chorando, pessoas se entregando totalmente como discípulos para Jesus”, pontuou.
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André observou que o avivamento é liderado por jovens. “O fato de estudantes universitários estarem liderando um turno de oração e adoração e que esse turno não acabou é algo incrível”, comentou.
“Me chamou a atenção o cuidado dos líderes e pastores de não quererem controlar o que os adolescentes estão fazendo. Eles estão como pais, endossando, [dizendo:] ‘Vai lá, vocês conseguem!’. Eles estão dando toda a liberdade, porque começou com eles, através do Espírito Santo, e querem que continue assim”.
Sem grandes estruturas ou holofotes
De acordo com Aquino, o culto é simples, não possui uma grande estrutura, com músicos profissionais, som bom e painel de led.
“A galerinha não sabia nem tocar os instrumentos direito. Isso me chamou a atenção, ainda mais na América onde tudo é perfeito. Mas nada impedia a presença de Deus vir e os corações receberem a presença”, testemunhou o missionário.
E refletiu: “Jesus nasceu de maneira simples, Ele não nasceu em palácio, Ele nasceu numa manjedoura, porque todos os lugares que poderiam receber Jesus não o fizeram. E o avivamento continua sendo dessa maneira; todos os lugares com grande estruturas raramente você vai ver despertares do Senhor nesse nível. Todos os avivamentos da história começaram em pequenas reuniões de oração”.
O cantor Miqueias Cavalcante, que estava em um estado próximo quando o mover começou, viajou até a universidade para participar do culto de quarta-feira (15), que já dura mais de 150 horas.
“É um ambiente profético onde o barulho e o estrondo se fazem no interior de cada presente; ao perceberem a doce presença do gentil Espírito Santo passeando pela sala, todos de forma sóbria e ao mesmo tempo em santa contemplação se permitem ser tocados pela fresca e suave brisa, a própria pessoa de Cristo”, descreveu Miqueias, em postagem no Instagram.
“Ao passo que entoavam louvores, as vozes se uniam sem resistência em nenhum instrumento que as sobrepossem, poder se manifestava, oravam, exaltavam o nome do Senhor”.
Libertação de espíritos malignos
Há longas filas na Universidade de Asbury para o culto. (Foto: Instagram/Nick Hall).
Segundo o cantor, adultos e crianças foram tocados pelo Espírito Santo e os corredores estavam cheios de pessoas em lágrimas. Uma jovem foi liberta de espíritos malignos após uma mulher orar em nome de Jesus.
“Durante o louvor estava gerando nela uma espécie de ‘convulsão’; chamaram os médicos, que se dirigiram à situação, nada foi resolvido, até uma mulher erguer sua voz e dar ordem de comando. Foi evidente a jovem retornando ao estágio natural instantaneamente”, contou Miqueias.
Ele ainda relatou que havia longas filas na porta de entrada, onde pessoas de diversas idades esperavam para cultuar.
“Famílias inteiras, pais, mães, filhos, crianças de colo, e não era a Disney; não havia uma programação paralela para as idades, eram todos envolvidos num mesmo ambiente, o mesmo Espírito para todas as idades, o mesmo vento soprando sobre todas as faces”, disse o cantor.
Cavalcante observou que “não havia uma preocupação de alguém querer ter a sua vez, ou sua hora de brilhar”.
“Não tinha esse anseio, tinha um outro brilho tão forte, tão palpável, que a maior tarefa estava sendo conservá-lo ali, aceso, brilhante e real”, explicou.
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“O avivamento de Asbury é um encorajamento para as nações”
Para André Aquino, o avivamento de Asbury é um encorajamento para as nações buscarem o Senhor.
“Comece a ser radical na sua busca, seja radical na sua santidade. O derramar naquele lugar está incentivando pessoas a começarem reuniões de oração e de adoração. Porque é sobre isso que diz o fim dos tempos, sobre uma igreja que, junto ao Espírito Santo, vai clamar: 'Maranata, vem Senhor Jesus’”, concluiu.
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