Luiz Hermínio: “A igreja não deve se servir da política, mas ser fundamento espiritual”

O apóstolo Luiz Hermínio explicou ao Guiame como os cristãos devem encarar a relação entre igreja e política.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: quinta-feira, 16 de agosto de 2018 às 17:06
Luiz Hermínio em discurso na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Correa)
Luiz Hermínio em discurso na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Correa)

Quando foi convidado para receber uma homenagem na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o apóstolo Luiz Hermínio deixou claro que a Igreja deve ter um papel único e relevante na sociedade.

Por outro lado, muitos cristãos ainda confundem os conceitos de religião e política, e algumas igrejas se perdem no equilíbrio desta relação. “A Igreja não tem que se servir da política, ela tem que servir como fundamento espiritual, porque Deus capacitou o homem para governar”, disse Hermínio em entrevista ao Guiame.

Para aprofundar seu pensamento, o pastor citou Gênesis 1:28, que diz: “Deus os abençoou, e lhes disse: ‘Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e sujeitem a terra!’”. Hermínio comentou: “Deus estava dizendo: ‘Eu te abençoo para governar. O problema é que as pessoas vão à igreja atrás da bênção, mas Deus já as abençoou”.

O fundador das Missões Evangelísticas Vinde Amados Meus (Mevam) reforçou que a Igreja não deve se servir da política. “Porque quem serve a mesa da Igreja é Deus. Deus protege o que Ele promove. Em muitas ocasiões, a igreja entra na política para se servir do dinheiro público ou da posição política. E nós não temos que fazer isso, porque somos profetas”, disse ele.

“Os profetas nunca chamavam os reis, eram os reis que chamavam os profetas. Os governos têm que chamar os profetas, e os profetas não podem ser tendenciosos e militar em causas próprias denominacionais. Eles têm que militar em favor do Reino de Deus”, acrescentou.

Igreja relevante

Há alguns anos, o Mevam tem compreendido que a Igreja deve, ao mesmo tempo, manter sua essência e estar nas áreas de influência. Desde 2016, o vice-presidente do ministério, o pastor Edson Lapa, atua como vereador na cidade de Itajaí, onde a igreja está sediada em Santa Catarina.


O vereador Edson Lapa, que é pastor e vice-presidente do Mevam, em discurso na Alesp. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Correa)

“Eu não tenho chamado político, meu chamado é ser pastor. Já o pastor Lapa tem um chamado político. Então meu trabalho é servir ele em seu chamado”, comenta Hermínio. “A Igreja deve ter cuidado para não ser usada como moeda política, mas ela deve influenciar. Até porque o trabalho da Igreja não é reunir pessoas no domingo, mas fazer transformação social e transformar o caos em bênção”.

Edson Lapa acredita que a Igreja precisa reconstruir os conceitos que foram distorcidos em sua relação com o governo.

“Não temos como objetivo uma carreira política, mas temos como motivação ser luz neste lugar e despertar cristãos que têm esse chamado a tomar essa bandeira, se colocar à disposição dos pleitos, trabalhar e se envolver”, destacou.

“Somos agentes de transformação desse tempo, precisamos botar a mão no arado e fazer. Se nós não fizermos, alguém fará. Quando a Igreja estaciona, as trevas avançam. A gente precisa trazer novamente para o seio da igreja esse desafio, de nos envolvermos com as questões públicas e sermos relevantes nessa geração”, Lapa acrescentou.


Luiz Hermínio em discurso na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Correa)

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