Mais de 200 líderes e ativistas de direitos humanos participaram da abertura da Coalizão Internacional pela Liberdade Religiosa na Coreia do Norte, realizada em 14 de junho em Seul.
A associação tem entre seus membros Thae Yong-ho, que trabalhava em Londres (Reino Unido) como diplomata de alto escalão do regime norte-coreano, até que ele desertou para a Coreia do Sul em 2016.
O pastor Kenneth Bae, preso na Coreia do Norte entre 2012 e 2014, acusado de subversão, também faz parte desse novo esforço.
A coalizão foi formada para promover o avanço da liberdade religiosa na Coreia do Norte, o regime político mais restritivo do mundo, um país que continua sendo o número um da lista de observação do Portas Abertas.
No evento de abertura, Thae Yong-ho disse que o regime do ditador Kim Jong-un busca a “aniquilação” das religiões. É por isso que o ex-diplomata defende que o primeiro passo para a reunificação da Coreia do Sul e do Norte deve ser um compromisso com a liberdade religiosa.
Thae disse que a construção de uma ou duas igrejas cristãs nos próximos 10 anos seria um primeiro sinal positivo de abertura do regime comunista.
O missionário Kennet Bae disse que a Coreia do Norte teme o crescimento do cristianismo mais do que qualquer arma nuclear dos EUA.
Ele também chamou o presidente sul-coreano Moon Jae-in e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para incluir a liberdade religiosa na agenda de futuras cúpulas com o líder norte-coreano.
A organização International Christian Concern comemorou o nascimento da nova associação.
“A Coreia do Norte é consistentemente classificada como o país mais difícil para os cristãos viverem. Não se sabe exatamente quantos cristãos existem dentro do país (...) Entretanto, o histórico de direitos humanos da Coreia do Norte é motivo de grande preocupação e é provavelmente muito pior do que se sabe”, disse o grupo.
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