Mais de 500 crimes de ódio anticristãos ocorreram na Europa em 2021

Entre os crimes estão o vandalismo, danos à propriedade, profanação, incêndio intencional, agressões físicas, ameaças e homicídios.

Fonte: Guiame, com informações de Christian PostAtualizado: quinta-feira, 17 de novembro de 2022 às 16:22
Fachada de igreja pichada, na Finlândia. (Foto: Reprodução / Creative Commons)
Fachada de igreja pichada, na Finlândia. (Foto: Reprodução / Creative Commons)

Um novo relatório do Observatório de Intolerância e Discriminação contra os Cristãos na Europa (OIDAC, da sigla em inglês), identificou 519 incidentes classificados como crimes de ódio em 2021. 

Na França, ocorreram 124 desses incidentes e o país foi apontado como o lar do maior número de crimes de ódio anticristãos no ano passado. 

A Alemanha teve o segundo maior número de tais incidentes, com 112 crimes de ódio relatados contra cristãos, seguida pela Itália com 92, Polônia com 60, Reino Unido com 40, Espanha com 30, Áustria com 15, Bélgica com 10, Irlanda com 7 e Suíça também com 7. 

A organização não governamental com sede na Áustria, divulgou seu relatório anual de 2021, na semana passada, conforme o Christian Post. Os casos de intolerância foram apurados durante o período de 1º de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2021.

Embora a situação seja grave, a organização apontou para uma queda significativa na criminalidade, em relação ao ano de 2020, quando houve um registro de 981 crimes ocorridos contra cristãos. Em 2019, foram 578.

Tipos de crime de ódio

O vandalismo constituiu o tipo mais frequente de crime de ódio aos cristãos em 2021, com o OIDAC registrando aproximadamente 300 apontamentos de “pichações, danos à propriedade e profanação”, dirigidos a organizações e igrejas cristãs. 

Oitenta crimes de ódio anticristãos envolveram “roubo de ofertas, objetos religiosos, hóstias consagradas e equipamentos da igreja”. De acordo com a OIDAC, 2021 apresentou 60 ataques anticristãos envolvendo incêndio criminoso ou intencional, 14 agressões físicas ou ameaças e 4 homicídios.

Marginalização de cristãos na Europa

Além dos crimes de ódio anticristãos, o relatório anual de 2021 destacou também exemplos de “marginalização que os cristãos enfrentam na Europa”. 

“A liberdade religiosa está gravemente ameaçada, especialmente a dos cristãos. E a maior ameaça surge do relativismo”, disse Todd Huizinga ao Religious Freedom.

O pesquisador sênior para a Europa, explica que  o relativismo é a visão de mundo reinante no Ocidente: “Ele desenvolveu seu próprio dogma rígido e absolutista, que, em nome de uma falsa tolerância, não tolera oposição”. 

Um princípio central desse dogma, segundo Todd, é que as minorias sexuais do movimento LGBT e indivíduos com gênero fluido “são minorias oprimidas cujas opiniões devem ser afirmadas”. 

Ditadura LGBT

Ainda de acordo com o pesquisador, sob a filosofia do relativismo “as visões tradicionais sobre sexualidade e casamento da maioria das religiões, incluindo o cristianismo, negam a esses grupos oprimidos seus direitos humanos”. 

Ou seja, por não abraçar o casamento gay, a fluidez de gênero e outras inovações sexuais como bens positivos, os cristãos “violam a dignidade dessas minorias oprimidas”.

Sendo assim, a fé dos cristãos é apontada pela “ditadura LGBT” como uma intolerância odiosa e que deve ser suprimida: “Organizações lideradas por cristãos estão sendo banidas das plataformas de mídia social por expressarem crenças divergentes, enquanto insultos e discursos violentos contra os cristãos são permitidos nas mesmas plataformas”, conforme o relatório. 

"Leis de discurso de ódio redigidas de forma ambígua e legislação de ordem pública minaram o direito à liberdade de expressão, levando a várias prisões injustificadas de pregadores de rua, principalmente no Reino Unido”, disse ainda o pesquisador. 

O relatório conclui que a hostilidade em relação às perspectivas religiosas se manifesta visivelmente em crimes de ódio e outros comportamentos abertamente discriminatórios contra os cristãos.

Agora há diversos apelos aos governos europeus individuais e organizações supranacionais para fazer valer mais vigorosamente os direitos humanos estabelecidos à liberdade de expressão, reunião, religião e crença.

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