Mais de 61 mil assinam petição exigindo a libertação de pastor no Irã

Mais de 61 mil pessoas assinaram uma petição exigindo que a República Islâmica do Irã liberte o pastor Youcef Nadarkhani, que recentemente foi condenado a 12 anos de prisão. Em maio, o Irã confirmou uma sentença de 10 anos para Nadarkhani e três outros cristãos depois de terem sido condenados por "promover o cristianismo".

O Centro Americano de Direito e Justiça, que tem ajudado a representar legalmente o pastor Nadarkhani, lançou uma petição em apoio ao cristão perseguido. "As ações do Irã violam sua própria constituição que garante a liberdade religiosa e vários tratados internacionais de direitos humanos", diz a petição, que até a tarde da última quinta-feira (9) tinha mais de 61.300 assinaturas.

"Estamos mais uma vez intensificando nossos esforços de defesa legal para lutar pela liberdade do Pastor Youcef e responsabilizar o Irã por sua hedionda perseguição aos cristãos. Precisamos agir rapidamente para libertar o pastor antes que seja tarde demais". Em um comunicado divulgado na quinta-feira pela manhã, o Centro Americano de Direito e Justiça disse acreditar que "o Irã só vai ouvir quando sentir a pressão máxima da comunidade internacional".

"Este é um flagrante erro judiciário. O pastor Youcef deve retornar a sua família, e a violenta perseguição do Irã aos cristãos tem que acabar", declarou a entidade. "Nós lutamos pela liberdade do pastor Youcef antes, e estamos preparados para fazê-lo novamente no cenário internacional. Ele também precisa de você. Assine nossa petição exigindo sua liberdade".

Por quase uma década, Nadarkhani se viu em problemas legais devido à sua decisão de se converter do islamismo ao cristianismo. Em novembro de 2010, Nadarkhani foi condenado à morte por supostamente protestar contra a instrução islâmica em escolas e por tentar registrar sua igreja. Ele foi absolvido em 2013.

Em maio de 2016, Nadarkhani foi preso, junto com Mohammadreza Omidi, Yasser Mossayebzadeh e Saheb Fadaie. Os quatro foram considerados culpados por ataques ao governo, entre outras coisas, por promover o "cristianismo sionista", agindo contra a segurança nacional e violando as leis de proibição do álcool do país ao receber a santa ceia.

Eles foram condenados a 10 anos de prisão. Nadarkhani teria sido enviado para a prisão de Evin, uma instalação conhecida por seu horrível histórico de direitos humanos e falta de tratamento médico.

"A comunidade internacional deve pressionar o governo do Irã para manter suas obrigações constitucionais em relação à sua comunidade cristã", disse o chefe de operações da Christian Solidarity Worldwide, Scot Bower, em um comunicado divulgado no mês passado. “O Irã também deve respeitar o direito de seus cidadãos ao pleno gozo da liberdade de religião ou crença, conforme descrito no Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, do qual é signatário”, finalizou.

As pessoas interessadas em assinar a petição podem clicar aqui.