Marisa Lobo: "Quero militar na questão da adoção"

Marisa Lobo: "Quero militar na questão da adoção"

Fonte: GuiameAtualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:02
Marisa Lobo: "Quero militar na questão da adoção"
Marisa Lobo: "Quero militar na questão da adoção"

Marisa Lobo: "Quero militar na questão da adoção"Suas lutas e ideais têm se tornado conhecidos em todo o país. Batalhando contra a legalização da maconha, do aborto e a militância LGBT, a psicóloga cristã, Marisa Lobo pretende agora, agir para buscar a desburocratização do processo de adoções de crianças no país.

Marisa comentou a nova proposta e outros temas em uma entrevista ao site oficial do PSC, partido ao qual é filiada atualmente e já tem sua pré-candidatura a deputada federal lançada.

Confira a entrevista na íntegra logo abaixo:

Sua pré-candidatura à deputada federal pelo PSC no Paraná já é oficial?

É oficial. Eu vim para o PSC pelas mãos do Pastor Everaldo Pereira, nosso pré-candidato à Presidência da República; e do deputado Ratinho Junior, presidente do PSC do Paraná. Já assinei a ficha de filiação com o intuito de ser candidata à deputada federal.

O que a levou a se filiar ao PSC?

Na verdade pelas lutas iguais às que eu já travo há muitos anos. Sou coordenadora nacional do movimento “Maconha Não”, que nasceu em 2008 para contrapor o movimento da legalização da maconha. Também sou contra a legalização do aborto - milito no movimento Pró-Vida há muito tempo -, a legalização da prostituição, e da sexualização precoce das crianças nas escolas – trabalho com crianças e adolescentes há mais de 15 anos - e sou a favor da família tradicional. Então, quando vi o PSC, um partido político que realmente vem de encontro às minhas bandeiras, eu sabia que me filiando ficaria protegida, já que é o único partido que compartilha dessas mesmas lutas. Além disso, se eu me eleger, vou poder bater de frente, defender a família e as causas pelas quais acredito sem ser punida por isso. Até porque já sofri muita perseguição religiosa por parte do Conselho de Medicina e do movimento LGBTT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais).

A senhora é conhecida por seus fortes posicionamentos. Do que não abre mão?

Não abro mão da minha fé, da minha religião, de proteger as pessoas, dos meus direitos constitucionais, dos direitos humanos, da liberdade de expor meus princípios, e nem de processar alguém que escarneça da minha fé. Princípios não se mudam, você tem ou não tem. E ser respeitada por ser cristã é um direito do qual não abro mão.

Quais medidas a senhora acredita que devam ser tomadas para que a família seja de fato valorizada? Como conter a destruição dessa entidade?

Pra mim, a sociedade está muito sexualizada e relativista. É um relativismo sexual, uma busca incessante por prazer, tudo virou sexual. Há correntes ideológicas que falam que o ser humano só é infeliz porque o cristianismo não deixa desenvolver a sexualidade como deve ser. Na minha posição, pornografia, sexualização precoce e banalização da sexualidade não é modo de vida para ninguém. Isso causa transtornos, problemas sociais e individuais, destroi os vínculos afetivos e o próprio ser humano, haja vista tantas pessoas usuárias de drogas que vivem em busca de um vazio nunca preenchido. Nunca se bebeu tanto, nunca se usou tantas drogas, nunca teve tanta prostituição, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. A família está sendo desconstruída, e o papel do homem e da mulher enquanto pai e mãe está totalmente desvalorizado. Por isso sou contra a união de homossexuais. As polêmicas que a gente trava na verdade é para defender a família e fortalecer os vínculos familiares, necessários para termos uma sociedade saudável e protegida.

A senhora acha que essa é uma função do poder público? Como o PSC tem contribuído para a valorização da família?

Todos os problemas sociais são problemas de todos nós, não apenas do poder público. O poder público é uma parte. O PSC, através de suas diretrizes, deixa claro o que ele quer e entende por fator protetivo social, e pode contribuir através de leis, campanhas e se posicionando abertamente a favor da família e do cristianismo. E esses princípios e valores o partido tem deixado claro.

Recentemente a senhora deu uma entrevista ao programa Superpop, da Rede TV!, afirmando que a maconha pode levar ao suicídio. Em quais dados a senhora se baseou para afirmar essa estatística?

Se você procurar na internet, em artigos científicos, você encontrará pesquisas ratificando minha afirmação. Além disso, também me baseei em experiências pessoais. Conheci um jovem de 16 anos que fumava maconha, teve um surto psicótico e pulou do 12º andar. Tive um amigo que fumava, desencadeou a depressão e se enforcou. Conheço em comunidades terapêuticas, onde eu trabalho há 15 anos, pessoas viciadas que já tentaram suicídio várias vezes e só fumavam maconha. Há outras pesquisas que dizem que ela não causa suicídio, mas que pode desencadeá-lo, além de vários transtornos mentais – como a esquizofrenia -, sociais e físicos. Isso nenhum profissional pode dizer que não. A maconha não é uma droga inocente, e não podemos negligenciar isso.

Como psicóloga, qual, em sua opinião, seria o resultado para os jovens brasileiros caso a maconha fosse legalizada?

Seria extremamente negativo, um caos. Na verdade estaríamos colocando os nossos jovens a mercê das drogas, como já está nas portas das escolas há muito tempo. Haveria um consumo muito maior e quem mais sofreria seriam os adolescentes. Em consequência disso, a evasão escolar e a violência aumentariam de forma extrema. Não necessariamente porque a maconha causa violência, mas se a pessoa já tem um histórico e fatores social e familiar ligados à maconha, com certeza entrará ainda mais no mundo das drogas. Inclusive, o Instituto Timbrus, de Amsterdam, na Holanda, país onde a droga é legalizada, fez um estudo com mais de cinco mil jovens e comprovou cientificamente que a maconha pode levar à violência sim, como qualquer outra droga. Na Holanda, o maior problema social entre os jovens são os problemas mentais causados pelo uso das drogas. Já o último levantamento da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), patrocinado pelo INPQ (Instituto Nacional de Produtividade e Qualidade) mostra quantos jovens estão à mercê das drogas e como ela causa problemas psicológicos gravíssimos. Por isso, a criança e o adolescente serão afetados diretamente se a maconha for legalizada, porque eles ainda não têm seu sistema nervoso central formado. Quem quer legalizar a maconha, quer legalizar por questões financeiras ou com a esperança de acabar com o tráfico. Mas não podemos ser irresponsáveis, porque em nenhum dos países que legalizaram a droga o tráfico acabou, apenas mudou de nome.

Ainda em relação à família, qual sua opinião sobre a união e adoção de filhos por casais homossexuais?

Na verdade eu sou muito proibida de falar sobre esse assunto, então prefiro não me pronunciar a respeito. O que posso dizer é que a ciência mostra que a criança tem probabilidade de desenvolver características psicológicas do sexo a que pertence. Além disso, a figura materna e paterna é muito importante na educação e na socialização de uma criança.

A senhora acha que a mulher tem buscado seu papel na política?

Eu acho que sim, mas muito pouco. A mulher ainda não aprendeu que o lugar dela não é atrás do homem, mas ao lado. A Bíblia ensina que a mulher nasceu da costela do homem, e a costela fica na lateral. A mulher tem o direito de ser o que ela quiser: boa mãe, esposa, dona de casa, empresária e boa militante na política. Nós temos um lugar importante na sociedade, e temos que começar a assumir esse papel. Se não for na linha de frente, como eu pretendo fazer, que seja apoiando. Nem toda mulher serve para ser política, mas todas servem para militar na causa pela família. Tem muita gente boa na política, e também tem muita gente ruim. Mas o pior é o eleitor que vota sem consciência. A mulher não pode votar apenas porque seu marido a influenciou, mas porque acredita em quem está votando.

Se a senhora for eleita, quais serão suas principais prioridades?

Continuar com as minhas lutas. A minha prioridade é a mulher, a criança e o adolescente, sempre! Quero criar projetos que os protejam e os favoreçam. Quero militar também na questão da adoção, porque há muito burocracia nessa área, o que faz com que muitos candidatos a pais e principalmente as crianças sofram muito. Também quero lutar contra a corrupção. Parece ser uma bandeira que todo mundo resolveu lutar contra, mas quero começar acabando com privilégios desnecessários. Pra mim, esses privilégios que fazem a sociedade ter desconfiança dos políticos. E essa será uma das minhas principais bandeiras. Além, é claro, de lutar contra as drogas, a prostituição, e a violência contra a mulher e o idoso. São bandeiras que todo mundo deveria assumir, porque são de fato sociais. Os meus projetos sempre têm que favorecer várias pessoas, mudar realidades e quebrar paradigmas. Parece meio utópico, meio romântico, mas não é. Quero fazer funcionar na prática os discursos políticos que vemos por aí.

Com informações do PSC - Site oficial

 

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