“Eu vivia o verdadeiro inferno na terra”. Era assim que Nichole Marbach definia sua vida, marcada por transtornos mentais e internações em hospitais psiquiátricos por 6 anos.
Na infância, Nichole sofreu abuso sexual, físico e verbal nas mãos de um parente alcoólatra — mas o medo a impedia de pedir ajuda. Aos 10 anos, sua mãe se divorciou e se casou novamente. Nessa época, ela começou a ser levada à igreja, mas o abuso continuou em sua vida.
Na adolescência o abuso tinha parado, mas Nichole encontrou novas maneiras de preencher seu vazio: bebidas, sexo e autolesão. “Comecei a puxar meu cabelo e bater minha cabeça contra paredes de cimento e me beliscar. Por fim eu encontrei uma navalha e me cortei”, disse ela ao 700 Club Interactive.
Anos mais tarde, Nichole se formou, se casou com Claude e teve três filhos. Ela pensou que finalmente conseguiria enterrar suas horríveis memórias de infância, mas certo dia, enquanto trocava a fralda de sua bebê, todos aqueles pensamentos voltaram.
“Eu era uma mãe protegendo minha filha e percebendo que ninguém me protegia”, disse ela.
A partir daquele momento, Nichole passou a ouvir vozes dizendo a ela para se matar, porque era “uma mãe horrível” e seus filhos estariam “melhores sem ela”.
Nichole voltou a beber para aliviar a dor. Seu marido, Claude, logo descobriu isso e insistiu em levá-la a um aconselhamento — foi quando ele descobriu sobre seu passado abusivo.
O psicólogo diagnosticou Nichole com transtorno de estresse pós-traumático (PTSD), transtorno bipolar e transtorno de ansiedade. Mesmo medicada, ela passou os próximos seis anos entrando e saindo de clínicas psiquiátricas, com inúmeras tentativas de se machucar e tirar a própria vida.
“O tormento, a confusão, a ansiedade, a dor e a mágoa que eu experimentava (...) não paravam atormentar a minha mente”, ela conta.
Sua família passou a acreditar que teriam que lidar com as doenças mentais de Nichole pelo resto da vida. Até que, em 2006, ela conheceu uma enfermeira psiquiátrica em uma clínica de reabilitação cristã, que compartilhou o amor de Deus por ela.
Nichole Marbach e sua família. (Foto: YouTube/700 Club Interactive)
“Ela compartilhou comigo que Deus queria me ver bem e que eu poderia substituir todos aqueles pensamentos negativos e mentiras que eu estava acreditando com a verdade da Palavra”, lembra.
“Eu comecei a ouvir a voz de Deus falando comigo e me dizendo o quanto Ele me amava. Aquela confusão e tormento mental foi embora. Eu sabia, porque eu sabia, que eu estava curada e liberta”, acrescenta.
Nos meses seguintes, Nichole deixou de usar os medicamentos e passou a ser a esposa e mãe que sua família precisava. Além de descobrir quem ela é em Cristo, Nichole também foi capaz de perdoar seus abusadores. “Não consigo explicar o quão livre me senti naquele momento. Foi como a cobertura do bolo na minha cura”, disse.
Já são 14 anos livre de medicamentos e transtornos mentais. Nichole hoje tem um ministério internacional, no qual ajuda pessoas que lutam contra vícios e doenças mentais.
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