Alguns anos atrás, Nick Vujicic disse que lhe chamou atenção saber que a maioria dos grandes bancos dos Estados Unidos apoia a “Paternidade Planejada”, o maior provedor de aborto do país.
A “Planned Parenthood” ou a Federação de Paternidade Planejada da América, é uma organização sem fins lucrativos que fornece cuidados de saúde reprodutiva nos Estados Unidos e em todo o mundo. Lembrando que o termo “saúde reprodutiva” veio para amenizar o que na realidade é chamado de aborto.
“A maioria dos bancos — 90%, na verdade — doam filantropicamente para a indústria do aborto”, disse o fundador do Life Without Limbs [Vida Sem Membros] ao Christian Post.
Ele destaca que uma quantidade impensável do “dinheiro de Deus” é usada para financiar o assassinato de crianças indefesas, ainda dentro do ventre de suas mães.
Foi com o foco nessa realidade que Vujicic decidiu fazer uma parceria com Betsy Gray, a quem ele chama de sua “mãe espiritual”. Ela é diretora executiva do Network Medical Women's Center — uma clínica médica de cuidados primários em Santa Bárbara, Califórnia.
Um banco pró-vida
Juntos, os dois vão fundar o ProLife Bank, que é um banco com fins lucrativos e que vai fornecer 50% do seu lucro líquido para organizações sem fins lucrativos de alinhamento judaico-cristão para promover o Reino de Deus, como ele explicou.
“Assim como Noé salvou vidas [através da arca], vamos salvar vidas através do ProLife Bank”, ele compartilhou. A ideia de Nick se baseia no entendimento de que “Deus deseja retomar seu lugar”.
Embora Nick seja fundador e CEO de um ministério sem fins lucrativos e autor de best-sellers do New York Times, ele se considera o “cara dos números”. O empresário começou a negociar ações quando ainda era adolescente e comprou sua primeira casa como investimento aos 19 anos.
Ele obteve o bacharelado em comércio com especialização dupla em planejamento financeiro e investimentos e contabilidade, formando-se aos 21 anos. Por tudo isso, ele decidiu aceitar o convite de Betsy Gray, para se cofundador do banco pró-vida.
Orando antes de tomar decisões
Antes disso, porém, ele pediu três meses a Betsy para que pudesse orar junto com sua esposa sobre essa decisão. E, durante esse período, o pai de quatro filhos compartilhou que enfrentou um ataque espiritual como nunca antes.
“Meu mundo virou de cabeça para baixo”, lembrou. “Uma notícia falsa foi publicada em uma revista gay, dizendo que eu demiti uma pessoa por causa de sua opção sexual. Fui processado por causa disso”, continuou.
Nick conta que havia um drone espião sobrevoando sua casa. Além disso, ele foi expulso de um banco. Tudo isso aconteceu num período de 16 semanas, logo depois que o casal começou a orar.
“Ficou evidente para mim que esse era um assunto que interessava ao Senhor. Os últimos 20 anos da minha vida foram dedicados para compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo a milhões de pessoas em todo o mundo”, destacou.
“Nos próximos 20 anos vou pregar onde eu puder, mas também vou trazer mudanças de forma tangível”, prosseguiu.
Nick Vujicic e sua família. (Foto: Reprodução/Independent Life)
“Metade dos abortos na América são feitos por cristãos”
O australiano-americano que nasceu com síndrome de tetra-amélia, uma doença rara caracterizada pela ausência dos quatro membros, disse que viver com uma deficiência assim dá a ele uma perspectiva única sobre questões como aborto, adoção e sistema de acolhimento familiar.
“Na América, houve 77 milhões de abortos, o que corresponde a 23% da nossa população. E um em cada três cristãos fez um aborto. Estou fazendo minha parte para sacudir a Igreja sobre essa realidade. Não podemos aceitar que metade dos abortos na América são feitos por cristãos”, alertou.
Vujicic também está exortando os cristãos a participarem ativamente de conselhos municipais, escolares e outros comitês políticos locais para usar sua voz e “levar a América de volta para Deus”.
Tempo de resgatar valores bíblicos
O evangelista acredita que é tempo de resgatar os valores bíblicos dentro dos sistemas escolares. “Estamos sendo forçados dentro dessa cultura de cancelamento a escolher um lado ou outro. Perdemos a guerra e vamos pagar por isso, mas não vamos desistir”, enfatizou.
Nick já pregou o Evangelho em 74 países e disse que está preocupado porque a Igreja na América está “dormindo” em face da perseguição que se aproxima. Ele desafiou os pastores a pregarem a verdade bíblica nos púlpitos, por mais impopular que ela possa parecer nesse tempo.
Para Nick é necessário enfrentar essa maré que acontece desde 2005, quando as igrejas começaram a ficar mornas. “É preciso enfrentar essa situação e corrigir as injustiças. A pandemia está servindo para expor a falta de compromisso e discernimento espiritual de muitos cristãos .
O palestrante aproveitou para exortar que “se essa geração não parar de se basear em sentimentos para se basear na palavra de Deus”, muitos ainda vão cair em depressão, pensamentos de suicídio e divórcios.
“As pessoas não estão sendo ensinadas a memorizar as Escrituras ou a ler a Bíblia por conta própria, para compreender que a adoração é entre você e o Senhor Jesus, independente da estrutura da Igreja. Esse também é o tempo de pedirmos perdão pelos nossos pecados”, concluiu.
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