O grão de mostarda

O grão de mostarda

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:50

Mt 13.31: Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando nele, semeou no seu campo; o qual é, realmente, a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos.

Na realidade o grão de mostarda não era a menor de todas as sementes, pois há outras, como a semente da salsa, que são indubitavelmente menores. Era usada na balança, como a menor medida de peso, possível. Havia a possibilidade de negociar ouro, por exemplo, no peso de um grão de mostarda (Leia mais em Jo 21.8). a Mostarda era menor grão permitido como medida de peso.

Algumas espécies da região cresciam a ponto de se transformarem em árvores, o que é considerado, por alguns, como uma anomalia, uma mutação. Seguindo esta linha de raciocínio, teríamos uma hortaliça se transformando em árvore, e usada para ilustrar uma séria mudança de natureza e propósito.

Esta interpretação ganha peso, se considerarmos que ao mencionar as aves do céu, a Bíblia geralmente descreve aves de rapina. A Igreja, que antes tinha peso de hortaliça, ganhou corpo e passou por uma metamorfose que a transformou em uma instituição que procura ter peso político através de alianças questionáveis. Nesta árvore pousaram aves que transformaram almas em moeda de troca.

Algumas destas novas espécies encontraram ambiente favorável a sua preservação e utilizam o fortalecimento de seu galho como trunfo e barganha política. Usam a sua oratória e o seu canto para manipular, enriquecer e se promover. O que deveria ser capacitação para o serviço a favor dos santos, se transformou em arma de sedução. Onde deveria se abrigar o colibri pousou o urubu. O crescimento não é ruim, mas no momento, não estamos preparados para ele.

Talvez esta geração ainda veja crescimento transformado em avivamento. Não se sabe se ocorrerá uma mutação retroativa ou uma queimada geral da terra para o plantio de algo novo. Eu apostaria na segunda opção, pois a reforma do que está condenado é um empreendimento que nunca deu certo (Veja Ap 18). O Dia de Cristo está chegando, e não dá para perder tempo fazendo pintura nova em parede velha. Talvez a nossa geração possa voar para os ramos da hortaliça original, e fazer um pouso seguro para a sua alma (Mais informação em 1Co 5.6).

Ubirajara Crespo

Ubirajara Crespo é pastor, escritor, conferencista, editor e diretor da Editora Naós.

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