Pastor e esposa enfrentam multa de US$ 25.000 por “reuniões ilegais” na China

O casal de pastores informou que não estão surpresos com a perseguição que estão sofrendo por seguir o exemplo de Jesus.

Fonte: Guiame, com informações da ChinaAidAtualizado: quinta-feira, 11 de maio de 2023 às 16:46
Pastor Yang Xibo e sua esposa Wang antes do segundo julgamento. (Foto: Reprodução/China Aid)
Pastor Yang Xibo e sua esposa Wang antes do segundo julgamento. (Foto: Reprodução/China Aid)

Na China, o pastor da Igreja de Xunside, Yang Xibo, e sua esposa, Wang Xiaofei, foram processados a pagar uma multa de U$ 25.000, por “organizar reuniões ilegais” com outros cristãos de igrejas domésticas, em julho de 2021.

O casal de pastores solicitou a reconsideração administrativa, que foi negada pelo Governo Popular do Distrito de Siming. Após a rejeição, eles decidiram apelar ao Tribunal Popular Intermediário Municipal de Xiamen.

O Tribunal comunicou a sentença final e decidiu amparar a sanção administrativa inicial e revogar o recurso.

Wang publicou em sua rede social que a decisão final não a surpreendeu. Ela refletiu sobre a glória que Deus lhes concedeu para se juntarem ao sofrimento de Cristo citando a passagem bíblica de 1 Pedro 2:20-21:

“Pois que mérito há se, quando você peca e é maltratado, você o suporta com paciência? Mas se você faz o que é certo e sofre por isso, você o suporta com paciência, isso encontra graça diante de Deus. Pois para isso fostes chamados, porque também Cristo sofreu por vós, deixando-vos exemplo, para que sigais os seus passos”.

A constante perseguição na igreja de Xunside 

A Igreja Xunside, onde o pastor Yang Xibo e Wang Xiaofei frequentam, é a maior igreja doméstica em Xiamen, província de Fujian. 

Nos últimos 100 anos, a congregação fez história na cidade. A tia e o pai de Yang também foram membros da igreja doméstica chinesa, mas acabaram sendo presos por 15 e cinco anos, respectivamente.

Yang Xibo faz parte da 4ª geração de pregadores da igreja, que por ser conhecida como “doméstica”, passou a ser alvo do departamento de assuntos religiosos e outros departamentos que exigem que a congregação faça parte da Igreja das Três Autonomias sancionada pelo estado.

Em 19 de maio de 2019, a polícia fechou a Igreja de Xunside e aplicou uma multa. O governo local fechou a igreja por um mês e vigiou os cristãos. 

Os crentes tentaram se reunir em lugares diferentes, mas os cultos eram invadidos pela polícia que apareciam regularmente aos domingos para espancar e prender os fiéis. 

Os policiais também destruíram propriedades privadas e forçaram os membros a enviar seus filhos para escolas públicas.

No entanto, apesar da perseguição, a polícia não conseguiu extinguir a igreja. Com isso, o governo optou por penalidades administrativas e multas excessivas.

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